Oiça este artigo aqui:
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou um aumento da inflação homóloga para 2,8% em agosto, acima dos 2,6% registados em julho, em linha com a estimativa publicada há duas semanas. Este crescimento deve-se principalmente à aceleração dos preços dos produtos alimentares não transformados, que subiram 7,0% face ao mesmo período do ano passado, marcando o sétimo mês consecutivo de aceleração.
Apesar da subida da taxa global, a inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, mais sujeitos a flutuações, abrandou para 2,4%, contra 2,5% em julho. Já os produtos energéticos apresentaram uma variação negativa de -0,2%, embora menor do que a registada no mês anterior (-1,1%).
Em termos mensais, o IPC registou uma variação de -0,2%, influenciada pelo habitual período de saldos no sector de Vestuário e Calçado, cuja descida foi de -6,5%. Em contrapartida, a classe de Restaurantes e Hotéis teve o maior contributo positivo, com uma variação de 1,1%.
Entre os subgrupos com aumentos relevantes, destacaram-se os Hotéis, motéis e pousadas (+4,0%), os Produtos hortícolas frescos (+4,5%) e os Voos domésticos (+35,4%), enquanto a Fruta fresca e o Vestuário lideraram as descidas.
Comparação com a área do Euro
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado para comparações na União Europeia, manteve a variação homóloga em 2,5%, 0,4 p.p. acima da média da área do Euro. Excluindo os alimentos não transformados e a energia, Portugal registou 2,3%, em linha com o bloco europeu.
A variação média dos últimos 12 meses situou-se em 2,4%, ligeiramente acima dos 2,3% de julho, refletindo uma tendência moderada de aumento de preços.