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IA alimenta cibercrimes: perdas disparam com procura por “free voice AI” a subir 147%

Estudo da Cybernews revela que as perdas por cibercrime dispararam em 2024, em paralelo com um aumento de 147% nas pesquisas por “free voice AI” — destacando o papel disruptivo da inteligência artificial na metamorfose das fraudes e na escalada dos ataques às empresas e cidadãos.

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A análise da Cybernews — baseada em dados do Federal Bureau of Investigation (FBI) e do Internet Crime Complaint Center (IC3) — mostra que, em 2024, as empresas sofreram perdas significativas em cibercrime, mesmo com o número de denúncias a cair. Por exemplo, as fraudes de investimento registaram um salto nos montantes perdidos, atingindo os 6,5 mil milhões de dólares em 2024 — um aumento de 364% relativamente a 2021.

As buscas pela expressão “free voice AI” mais que duplicaram desde agosto de 2024 (com um incremento de 147%), refletindo o interesse crescente em ferramentas de geração de voz que agora alimentam campanhas de deepfake e fraude por voz.

Deepfakes e automação de fraudes elevam o nível de risco

Embora os relatos de phishing e suporte técnico fraudulento tenham diminuído – o que poderia parecer um avanço – a realidade é outra: as perdas médias por incidente cresceram substancialmente. Em 2023, a média por queixa rondava os 60 dólares; em 2024, saltou para 350 dólares.

Os criminosos aproveitaram a automação e a IA para “scanear” perfis em redes sociais e plataformas como LinkedIn, identificando alvos com maior probabilidade de sucesso para ataques personalizados. “Em vez de passar horas a vasculhar redes sociais manualmente, os criminosos usam IA para detetar ao instante possíveis vítimas”, explica o investigador da Cybernews, Mantas Sabeckis.

Indústria alimentar e de plásticos no radar dos atacantes

Para as empresas da indústria alimentar e de plásticos, o alerta é particular: cadeias de abastecimento sensíveis, integração crescente de sistemas IoT e automação industrial expõem-nas a ataques sofisticados e disruptivos. Vulnerabilidades como a falha corporativa de sistemas ou acesso indevido a fornecedores podem gerar graves prejuízos e interrupções operacionais.

Com a IA a permitir respostas mais rápidas e personalizadas por parte dos atacantes, a necessidade de reforço em segurança cibernética, formação de pessoal e segmentação de fornecedores torna-se crítica.

Desafio crescente exige vigilância contínua

O relatório da Cybernews aponta para uma trajetória preocupante: em 2031, o custo global do cibercrime poderá atingir 1 trilião de dólares por mês se as tendências se mantiverem.

Além da monitorização das redes, das ferramentas de segurança tradicionais e das auditorias, as empresas devem incorporar a inteligência artificial de defesa, bem como planos de resposta a incidentes específicos para contextos industriais.

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