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Grupo Nabeiro ultrapassa os 570 milhões de euros em vendas e assinala crescimento robusto em 2024

Operação em Espanha teve o melhor desempenho de sempre

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O Grupo Nabeiro, detentor da Delta Cafés, alcançou um volume de negócios de 570 milhões de euros em 2024, representando um crescimento de 14% face ao ano anterior.

O anúncio foi feito por Rui Miguel Nabeiro, presidente executivo do grupo, durante o lançamento do novo café Amboim, da linha Delta The Coffee Experience, em Lisboa.

De acordo com o Diário de Notícias, o desempenho foi particularmente expressivo em Espanha, onde o grupo registou “o melhor ano de sempre”, consolidando a operação internacional como um dos principais motores de crescimento.

 

Subida do preço do café é motivo de preocupação

Apesar dos bons resultados, o grupo está atento ao impacto da escalada de preços do café nos mercados internacionais, que subiram 14,3% só em fevereiro, de acordo com dados da Organização Internacional do Café (ICO). Rui Miguel Nabeiro manifestou apreensão com o cenário, alertando para a escassez de oferta e para o facto de o café se estar a tornar uma nova “commodity de refúgio” para investidores. “O que é facto é que há pouco café para comprar no mercado e isso tem impactado os preços”, referiu, recordando que, em 2023, o grupo foi forçado a aumentar os preços ao consumidor por duas vezes.

O gestor admitiu que é difícil prever o comportamento futuro dos preços. “Há um ano, dizia que não devia subir mais e o café subiu 50% na origem. Espero que não continue a escalar”.

O grupo opera atualmente com stocks de café para seis a nove meses, estando coberto até junho. Ainda assim, a situação futura permanece incerta. A esperança recai sobre uma boa colheita no Vietname na época 2024/2025 e em condições climáticas favoráveis, nomeadamente com a chegada do fenómeno La Niña, que pode contribuir para estabilizar os preços.

 

Instabilidade política também preocupa

Rui Miguel Nabeiro aproveitou o momento para alertar para os efeitos da crise política nacional e internacional, sublinhando que a instabilidade é prejudicial à confiança dos mercados e ao desenvolvimento económico. “A instabilidade não é amiga da economia. E tudo aquilo de que não precisamos no nosso país, neste momento, era uma situação como esta”.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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