As exportações da indústria de base florestal, relativas ao ano de 2019, aumentaram ligeiramente em relação a 2018.
A informação é adiantada pela Florestas.pt, plataforma digital dedicada à floresta portuguesa, na qual é possível encontrar um conjunto alargado de informação sobre o sector florestal nas suas diversas dimensões.
De acordo com a informação disponibilizada, as exportações florestais de 2019 representaram 5.974,7 milhões de euros, mais do que os 5.917,3 milhões de euros do que tinham totalizado no ano anterior, prosseguindo, assim, a tendência de crescimento anual consecutivo que se regista há uma década. Os dados publicados pela Florestas.pt resultam dos indicadores preliminares, recentemente divulgados pela Direção-Geral das Atividades Económicas para esta fileira, que dizem respeito aos subsectores industriais da madeira e cortiça, da pasta e papel e do mobiliário e colchões.
Embora tenha crescido em termos absolutos, o contributo dos três subsectores para o total de exportações portuguesas foi de 9,9%, o que representa também uma ligeira diferença face aos 10,2% que tinha totalizado no ano anterior.
Indústria florestal contribui para saldo comercial positivo
Segundo a informação publicada na plataforma, o valor das importações feitas por estas indústrias está significativamente abaixo do montante das exportações, o que confirma o seu contributo positivo para o saldo positivo da balança comercial nacional.
Ainda assim, as importações registaram um ligeiro aumento, de 3.005,8 milhões de euros (2018) para 3084,4 milhões de euros (2019), dando continuidade à tendência que se regista desde 2013, o que não impediu que diminuísse a representatividade destas indústrias no total das importações em Portugal, de 3,9% para 3,8%.
Relativamente à indústria da pasta e papel, a plataforma Florestas.pt dá conta de que a mesma contribuiu para mais de 43% do total das exportações florestais de 2019, num total de 2.595,1 milhões de euros. Apesar de se manter como a atividade industrial que mais contribuiu para as exportações, a indústria da pasta e papel reduziu ligeiramente o montante exportado, que tinha totalizado 2.610,9 milhões de euros no ano anterior. De igual forma, comportou-se o montante das importações.
No que diz respeito aos outros dois subsectores, estes dividiram, em partes semelhantes, os restantes 57%, com mobiliário e colchões a representar cerca de 29,6% e madeira e cortiça com perto de 27%, percentagens que equivalem, respetivamente, a 1.769,7 e 1.609,8 milhões de euros. Em ambos os casos, o valor das exportações cresceu ligeiramente face ao ano anterior, em que tinha totalizado 1.713,1 e 1.593,2 milhões de euros, respetivamente, e o valor das importações variou em sentido similar.