As exportações portuguesas de frutas, legumes e flores mantiveram o enorme dinamismo, no primeiro trimestre, e cresceram 10% em comparação com o mesmo período de 2019, atingindo os 398 milhões de euros.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), analisados pela Portugal Fresh – Associação para a Promoção de Frutas, Legumes e Flores, entre janeiro e março, o sector reforçou as vendas para os mercados internacionais, com a União Europeia a absorver 77% do total das exportações.
As frutas foram os produtos que mais se destacaram neste crescimento. Em comparação com os primeiros três meses de 2019, as exportações subiram 18,3%, para 165 milhões de euros. Já os preparados de frutas e legumes registaram uma evolução de 6,3% (para 114 milhões de euros) e os legumes recuaram ligeiramente (-1,1%, para um total de 82 milhões de euros).
No primeiro trimestre do ano, as vendas para os mercados externos das flores e plantas ornamentais seguiram a mesma tendência de crescimento: mais 12,2% (total de 37 milhões de euros). Contudo, analisando os valores mensais, verifica-se que, em março, as vendas recuaram 2,3%.
“Este sector estava a registar um crescimento muito interessante, em janeiro e em fevereiro, de 34,5% e 10,6%, respetivamente, face aos mesmos meses de 2019. Mas o mês de março já registou um decréscimo de 2,3% devido às duas últimas semanas deste mês, altura em que os efeitos da pandemia de Covid-19 já se fizeram sentir. Nesta altura, verificou-se uma interrupção abrupta das encomendas de mercados muito importantes como Espanha, Reino Unido, França e Alemanha”, analisa Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh.
Exportações
Nos últimos 10 anos, as empresas produtoras de frutas, legumes e flores duplicaram as vendas para os mercados externos, passando de 780 milhões de euros, em 2010, para 1.605 milhões de euros. Há 10 anos, as exportações representavam 35% do valor da produção total; agora, equivalem a 52%.
Espanha é o principal mercado para as frutas, legumes e flores nacionais, com um peso de 31%. Segue-se França, Holanda, Reino Unido e Alemanha.
“Num cenário muito desafiante, as empresas produtoras de fruta, legumes e flores estão a desenvolver um trabalho extraordinário para garantir o normal abastecimento de produtos aos portugueses, contribuindo para o bom funcionamento da cadeia agroalimentar. Este é um sector essencial, que tem evoluído de forma consistente e sistemática também nos mercados internacionais, onde os nossos produtos conquistaram reconhecimento pela qualidade e segurança alimentar”, afirma Gonçalo Santos Andrade.