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“Estou convencido que os pure players não serão os vencedores no retalho”

Hans Carpels, presidente da Euronics Internacional, revela o que gostou acerca da última cimeira e o que o deixa ansioso para este ano.

Qual foi a sua impressão da Cimeira Pan-Europeia de Retalho de TCG (bens de consumo técnicos) do ano passado?
HC –
Foi muito bem organizada e o formato era o ideal. Houve uma disposição muito impressionante de oradores, com conteúdo realmente útil. Era como um “quem é quem” do comércio. As apresentações duraram um máximo de 20 minutos e depois houve um painel de discussão. O conceito da cimeira é muito significativo e o timing é ideal, já que tem lugar entre a CES e a IFA, numa altura em que os fabricantes estão a lançar novos produtos.

O que tirou da cimeira?
HC –
Fiquei impressionado com a usabilidade de sugestões feitas e pelo facto de que ninguém afirmar possuir o modelo para o futuro do retalho. A maioria dos oradores realmente tentou trazer soluções concretas – e não apenas teorias.

Pode-se dizer que a IFA já é um lugar onde a indústria e retalho de TCG estão juntos, havendo a tentação de dizer “para quê uma outra plataforma de negócios”? Vê a IFA e da Cimeira Pan-Europeia de Retalho de TCG como competidores ou são complementares?
HC – Eu diria que são complementares. Naturalmente, a IFA é sobre produtos e soluções, mas o facto de que a TCG está no período de abril/maio deixa claro que nessa altura temos um ponto de encontro, além da IFA em Berlim e da CES, em Las Vegas.

A cimeira preencheu uma lacuna que estava a faltar no sector de TCG. Porque acha que um evento como este para a gerência sénior estava a faltar na indústria no passado?
HC –
Talvez ninguém teve a coragem de o iniciar?

Considerando a natureza extremamente rápida do sector de retalho eletrónico, como vê a relação entre retalhistas e parceiros da indústria em desenvolvimento? Como difere de há cinco anos atrás e será importante no futuro?
HC –
Eu acho que se deve perguntar o que ainda é o mesmo de há cinco anos, porque isso seria muito mais fácil. Nós já vimos bastantes retalhistas a saírem de territórios onde não conseguem fazer lucro.

Na sua opinião, o que devem os retalhistas fazer nos próximos três anos, a fim de garantir um futuro rentável?
HC –
Devem integrar as suas ofertas offline e online e renovar os seus POS (ponto de venda) para atrair mais clientes. É claro que este desafio tem de ser cumprido com o apoio da indústria.

Quem, na sua opinião, vão ser os vencedores no retalho de amanhã? Será que vão ser só os pure players como Amazon, eBay e AO, que recentemente lançou o seu modelo de negócios do Reino Unido, na Alemanha?
HC –
Estou convencido que os pure players não serão os vencedores no retalho.

A segunda Cimeira Pan-Europeia de Retalho de TCG terá lugar nos dias 22 e 23 de abril em Madrid. Quais os temas que espera ouvir discutidos no evento deste ano e qual seria a pergunta capital?
HC –
A casa conectada e sua aplicação para o consumidor. Os wearables irão crescer a partir de um mercado de dispositivos móveis para uma parte sólida do negócio?

Um dos temas que a Cimeira em Madrid irá abordar é a crescente regulamentação na defesa da concorrência da UE [acordos anticoncorrenciais e abuso de posição dominante no mercado] que o sector de TCG está a enfrentar. Quão relevante é isto para a Euronics?
HC –
É claro que a igualdade de condições é necessária na Europa e como um grupo de retalho temos claramente mencionado isso nas nossas discussões com a Comissão Europeia. Vemos vários players no nosso campo que beneficiam de acordos fiscais específicos, onde os outros são tributados na forma habitual.

Como foi 2014 para a Euronics?
HC –
As mudanças negativas de moeda na Rússia, Ucrânia, Turquia e Cazaquistão serão equilibradas pela evolução positiva em Espanha, Alemanha, Reino Unido e outros países, por isso, esperamos estar em par.

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