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Num contexto marcado pela volatilidade geopolítica e económica, o desempenho do sector agroalimentar está a ressentir-se. Dados do barómetro da Informa D&B revelam uma quebra de 10% no número de trabalhadores nas atividades agrícolas e de produção animal em comparação com 2023, bem como uma redução de 11% na criação de novas empresas no retalho alimentar no primeiro semestre do ano.
Perante este cenário, a consultora ERA Group identificou três estratégias prioritárias para o sector recuperar a sua performance, reforçar a resiliência e aumentar a competitividade.
Cadeias de abastecimento mais resilientes e locais
A instabilidade internacional tem gerado disrupções nas cadeias logísticas e nos custos de transporte. A ERA recomenda a renegociação de contratos e a diversificação da base de fornecedores, com preferência por soluções locais. Esta abordagem permite maior agilidade operacional, redução de riscos e alinhamento com exigências crescentes de sustentabilidade e segurança.
Eficiência energética e gestão de matérias-primas
A volatilidade dos preços da energia e a escassez de matérias-primas representam um dos principais entraves à rentabilidade do sector. A ERA sugere a implementação de auditorias energéticas periódicas, tecnologias de otimização produtiva e estratégias circulares que valorizem subprodutos e reduzam o desperdício.
Gestão financeira proativa
Face ao aumento dos custos operacionais e à pressão sobre os preços, a consultora defende a construção de planos financeiros flexíveis com modelos previsionais e cenários de contingência. Estes permitem antecipar flutuações e melhorar a alocação de recursos, preservando as margens de lucro.
Para João Pontes, senior partner da ERA Group, “é imperativo que as empresas do sector agroalimentar invistam em inovação e diversificação da oferta, num ambiente cada vez mais desafiante e incerto. Só assim poderão garantir competitividade a longo prazo”.
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