O presidente da cadeia de supermercados francesa E. Leclerc afirmou que continua a vender Pepsi, depois de o concorrente Carrefour ter abandonado os produtos da PepsiCo, no mais recente braço de ferro entre retalhistas e fabricantes sobre os preços.
Michel-Edouard Leclerc disse também que estava otimista quanto ao regresso da inflação alimentar em França a um intervalo de 2,5% a 3% este ano, uma vez que as empresas de bens de consumo se tornaram “mais razoáveis”, reporta a Reuters.
A propósito das negociações anuais de preços com os fornecedores, que terminam a 31 de janeiro, Michel-Edouard Leclerc adiantou que tinha pedido à Danone reduções de preços que esperava que entrassem em vigor em fevereiro-março. “Todos os grandes grupos industriais estão a ganhar tempo. Não têm pressa em assinar antes de 31 de janeiro. Os preços para o ano estão a ser decididos agora“, afirmou. “Quero ser o retalhista mais acessível em França. Vou pedir à Danone que deflacione os preços”, acrescentou, sem citar um valor. A Danone ainda não comentou.
Preços
França tem sido dominada por um debate sobre o preço dos produtos básicos, com os retalhistas a defenderem que os aumentos dos produtores são injustificados. O Governo exigiu que os retalhistas e os fornecedores concluíssem as negociações anuais em janeiro, dois meses antes do habitual, na tentativa de reduzir a inflação.
Na semana passada, o Carrefour declarou que as suas lojas em França, Bélgica, Itália, Espanha e Polónia deixariam de vender produtos como a Pepsi, as batatas fritas Lay’s, os Cheetos e a 7Up devido a “aumentos de preços inaceitáveis“.