A Geopost registou 15,69 mil milhões de euros em receitas em 2023, mais 0,7% face a 2022, acompanhada de uma ligeira redução (-0,6%) do número de encomendas entregues em todo o mundo, num total de 2,1 mil milhões realizadas no ano passado.
Ao nível do volume de negócios, França, Reino Unido, Alemanha e Itália representaram mais de 55% da receita total. No que a Portugal diz respeito, a DPD Portugal alcançou o seu melhor ano de sempre, ultrapassando o marco histórico dos 101 milhões de euros em faturação, destacando-se como um dos países em que o grupo mais cresceu em 2023.
Já relativamente aos investimentos globais, a Geopost atribuiu mais de 667 milhões de euros ao crescimento e desenvolvimento do negócio. Deste total, 471 milhões de euros foram alocados a investimentos internos, focados no desenvolvimento da capacidade de processamento de entregas, na expansão da rede de distribuição e no desenvolvimento de novos serviços, e 194 milhões de euros em crescimento externo.
De uma perspetiva geral, em 2023, o grupo apostou no fortalecimento de segmentos estratégicos, nomeadamente no segmento das entregas fora de casa, que viu a sua atividade crescer 25% entre 2022 e 2023, tendo sido acompanhado por um reforço da infraestrutura da Geopost, que no ano passado atingiu um marco dos 100 mil pontos Pickup em toda a Europa, dos quais 1.500 estão presentes em Portugal.
Outro dos segmentos estrela no ano passado foi o da entrega de frescos, que registou um crescimento de 14,4% face a 2022, com 8,5 milhões de encomendas alimentares entregues com soluções ativas de controlo de temperatura. Este crescimento sustentado permitiu ao grupo alargar a sua atuação neste segmento a novos mercados, tendo lançado serviços de entrega de frescos em Portugal, com o DPD Fresh, Itália e Lituânia.
“2023 provou ser mais um ano cheio de desafios para a Geopost. Encerramos o ano com receitas estáveis. Num ambiente de mercado complexo, impactado por tendências adversas que pesaram sobre todo o mercado de entrega de encomendas, as nossas equipas conseguiram demonstrar a sua melhor resiliência. No geral, 2023 foi um ano crucial: continuámos a cumprir a nossa estratégia, adaptando e tomando as medidas necessárias para proteger o nosso desempenho operacional, ao mesmo tempo que cumprimos com determinação a nossa ambiciosa agenda de sustentabilidade. Um exemplo disso é o endosso das nossas metas de emissões líquidas zero pela Science Based Targets Initiative (SBTi), uma grande conquista e um testemunho do nosso compromisso na luta contra as alterações climáticas. Hoje, estamos mais do que nunca confiantes na nossa estratégia e nas nossas ambições a longo prazo, e esperamos que 2024 seja um novo marco no nosso desenvolvimento económico, sustentável e social”, comenta Yves Delmas, CEO da Geopost.
Reforço da presença fora da Europa
Em 2023, o negócio “crossborder” intra-Europa cresceu 4% em receitas face a 2022, com uma aceleração no segundo semestre até 6%.
Fora da Europa, ao longo dos últimos anos, a Geopost tem prosseguido a sua estratégia de expansão internacional na Ásia (Ninja Van, DTDC, Lenton, entre outras), no Médio Oriente e África (Aramex, DPD Laser) e na América Latina (Jadlog no Brasil). As receitas geradas pelos fluxos para fora da Europa cresceram 8%.
Em 2023, a Geopost uniu forças com a TASA Logística, operadora logística local de longa data, para criar a DPD Argentina, especialista em entrega de última milha para clientes B2B e B2C. Esta nova filial oferece soluções de entrega para clientes B2B e B2C na Argentina, com o objetivo de se tornar um grande “player” de última milha no país nos próximos cinco anos.
Sustentabilidade
Em 2023, a Geopost consolidou a sua posição na entrega sustentável. O ano começou com a aprovação formal da trajetória “Emissões líquidas zero até 2040” pela iniciativa Science-Based Targets (SBTi). A Geopost tornou-se, assim, a primeira empresa global de entrega de encomendas a ter as suas metas de redução de emissões de carbono de curto e longo prazo aprovadas pela SBTi.
De acordo com esta trajetória, a Geopost ambiciona reduzir radicalmente as suas emissões absolutas de gases com efeito de estufa dos âmbitos 1, 2 e 3 em comparação com 2020: 43% até 2030 e 90% até 2040. A Geopost também neutralizará todas as emissões residuais através de projetos relevantes de captura e sequestro de carbono até então.
Em linha com a trajetória de descarbonização, a Geopost alcançou em 2023 uma redução de 1,4% das suas emissões de gases com efeito de estufa face a 2022, representando uma redução total de 25.763 toneladas.