Já implementado em Espanha há 18 anos, o Comité Científico Consultivo da Mercadona foi criado também em Portugal. São seis os investigadores e especialistas que vão prestar serviços de consultoria externa, científica e independente nos ramos da nutrição, biotecnologia, ciências farmacêuticas, cosméticos, microbiologia, biologia molecular, toxicologia e alergologia, numa evidência do compromisso da Mercadona com a qualidade e segurança alimentar.
É importante que tenhamos uma rede de conhecimento ampla e diversificada, que possa apoiar na tomada de decisões, atuar de forma eficaz e em conformidade e aplicar medidas que nos façam garantir a segurança alimentar dos nossos produtos, ao longo de todo o processo, começando no fornecedor, passando por toda a cadeia de montagem, até chegarem às prateleiras das lojas. Por esse motivo, reunimos um grupo de especialistas de diversas áreas, que possa ser um complemento e um valor acrescentado dentro das nossas categorias de produtos: alimentação e bebidas, limpeza do lar, higiene pessoal e cuidado de animais de estimação”.
É deste modo que Leonor Fernandes introduz a recente criação do Comité Científico Consultivo da Mercadona em Portugal, estrutura que, em Espanha, existe há 18 anos. Para a responsável de segurança alimentar da Mercadona Portugal, apesar da operação nacional ainda estar numa fase inicial, era importante para a retalhista apostar na criação de um comité com esta especificidade. Desde o arranque do projeto português que eram estabelecidos contactos com especialistas, que atuavam à medida que iam surgindo necessidades específicas. Deste modo, refere, a criação do Comité Científico Consultivo oficializa este grupo de reconhecidos investigadores. “Ao conhecermos as necessidades da Mercadona, no que respeita à garantia da segurança alimentar, definimos perfis que nos ajudassem a dar resposta às mesmas. Assim, procurámos um conselho de assessoria que fosse científico e independente, transparente e de reconhecido prestígio, sendo que é uma inestimável ajuda e um grande apoio técnico para garantir sempre a qualidade com segurança alimentar dos nossos produtos”, sustenta Leonor Fernandes.
Especialistas
O comité é composto por seis especialistas no campo da nutrição, biotecnologia, ciências farmacêuticas, cosméticos, microbiologia, biologia molecular, toxicologia e alergologia. Nomeadamente, e a par de Leonor Fernandes, Alexandra Nogueira da Silva, diretora técnica do Laboratório de Controlo de Qualidade da ADEIM (FFUL), consultora e auditora, Paula Teixeira, professora associada com agregação da Escola Superior de Biotecnologia (ESB-UCP) e diretora adjunta da mesma instituição, Mário Gadanho, coordenador estratégico e de desenvolvimento de negócio, com um histórico comprovado de trabalho na indústria alimentar. Os restantes nomes incluem Duarte Torres, investigador e docente das unidades curriculares de Toxicologia Alimentar e Avaliação de Risco, Inovação e Composição de Alimentos e Refeições na FCNAUP, Fernanda Vilarinho, técnica superior de saúde e investigadora em áreas científicas de pesquisa, como análise química de alimentos, qualidade analítica e contaminantes de alimentos, inovação e segurança das embalagens alimentares e, ainda, Ana Célia Costa, médica especialista em imunoalergologia e coordenadora da Unidade Funcional de Alergia Alimentar e Alergia Alimentar Pediátrica no Serviço de Imunoalergologia do Hospital de Santa Maria, desde 2005, entre outras valências.
Para a Mercadona, pela predominância de marcas exclusivas na sua oferta, a inclusão destes especialistas independentes vai aprofundar o processo de análise alimentar e a própria operação da cadeia retalhista em diversas frentes, desde a origem do produto até ao consumo do mesmo por parte dos clientes. “Independentemente do tipo de oferta de produtos, somos uma cadeia de supermercados e temos de garantir a segurança alimentar, todos os dias. Para a Mercadona, a qualidade consiste em que cada produto, de forma individual, em cada ato de compra e em cada ato de consumo, dentro do prazo da sua vida útil, sirva claramente para o que foi concebido. Em primeiro lugar, que esteja bom, ou seja, que tenha bom sabor, odor, cor e textura, e, em segundo lugar, que seja bom, ou seja, seguro para consumo, saudável para o corpo, sustentável para o planeta e socialmente responsável para com a sociedade”, explica Leonor Fernandes.
“Para a Mercadona, a qualidade consiste em que cada produto, de forma individual, em cada ato de compra e em cada ato de consumo, dentro do prazo da sua vida útil, sirva claramente para o que foi concebido. Em primeiro lugar, que esteja bom, ou seja, que tenha bom sabor, odor, cor e textura, e, em segundo lugar, que seja bom, ou seja, seguro para consumo, saudável para o corpo, sustentável para o planeta e socialmente responsável para com a sociedade”
Consumidores exigentes
Os consumidores de hoje – os “chefes” da Mercadona – estão cada vez mais exigentes. Além disso, num contexto em que existem, todos os dias, novas tendências no mercado, a Mercadona acredita que o conhecimento e a experiência dos elementos do Comité Científico Consultivo vão ajudar a validar os seus processos internos, assim como dar apoio técnico e formação à equipa responsável pela qualidade e segurança alimentar. “É essa exigência que nos faz querer ser melhores, todos os dias, e oferecer aos nossos clientes a máxima qualidade, sendo a segurança alimentar um requisito indispensável dessa mesma qualidade. São mais de cinco milhões de famílias que, atualmente, compram na Mercadona entre Espanha e Portugal, jamais poderemos descuidar a segurança alimentar dos nossos produtos”, garante.
A Mercadona dispõe, há mais de 15 anos, de um sistema de qualidade e de segurança alimentar próprio, através do qual analisa exaustivamente cada processo da cadeia de abastecimento, desde a sua origem até ao consumidor final, com três objetivos (zero riscos, zero defeitos e zero crises) e três estratégias (preventiva, reativa e de verificação). Neste âmbito, colabora com cada Fornecedor Totaler e dispõe de decálogos de segurança alimentar específicos, cujo objetivo é avaliar e confirmar, em cada caso, os níveis de segurança alimentar, de forma ágil e contínua. Em 2021, foram realizadas 2.401 verificações de decálogos desta natureza. A empresa também realizou mais de 56 mil controlos de produtos frescos, 775 controlos de processos logísticos e outras 26.900 análises de superfícies e ambientes. “A Mercadona, em colaboração com os fornecedores, realiza simulacros em que, em alguns casos, participam várias administrações públicas. Graças à sua colaboração neste tipo de cenários, nos quais se trabalha como se se tratasse de uma situação real, a Mercadona e os Fornecedores Totaler reforçam as suas capacidades neste âmbito, o que permite melhorar as aptidões individuais e coletivas das suas equipas para poderem enfrentar, com mais garantias, conhecimento e eficiência, possíveis contingências futuras. Todas estas ações são fruto do Modelo de Qualidade com Segurança Alimentar que nos permitem continuar a assegurar a missão da Mercadona em garantir a máxima qualidade, todos os dias”, conclui.
A criação do Comité Científico Consultivo da Mercadona em Portugal tem como objetivo visualizar e antecipar tendências e desafios. No entanto, esse é só um dos seus eixos de intervenção. Há também a realização de avaliações de riscos e, entre outros aspetos, a formação às equipas de qualidade e segurança alimentar, de um ponto de vista científico, permitindo assegurar o crescimento do talento interno. Estando o cliente no centro das suas decisões, a Mercadona assegura que a qualidade e a segurança alimentar dos seus produtos são um eixo transversal de toda a companhia e um dos alicerces para o seu crescimento sustentável.
Este artigo foi publicado na edição N.º 74 da Grande Consumo