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Crédito y Caución prevê uma normalização progressiva dos preços

Ao longo do último semestre de 2021, os preços da energia aumentaram de forma continuada, os  das matérias-primas permaneceram elevados, os custos de transporte dispararam e os constrangimentos na cadeia de valor aumentaram. Contudo, de acordo com a análise divulgada no mais recente “Economic Outlook”, a Crédito y Caución estima que os atuais níveis de inflação tenham um carácter temporário.

O relatório da seguradora de crédito considera pouco provável que estes fatores persistam, devendo desaparecer gradualmente à medida que o mundo aprenda a viver com a pandemia. “Poderá levar um pouco mais de tempo do que tínhamos previsto, mas o processo irá prosseguir. Isto deve-se ao facto do cenário atual ser o reflexo de uma situação anormal e do regresso à normalidade ser inevitável com o tempo. Além disso, espera-se que o consumo se mantenha forte, sobretudo porque se irá gastar parte do excesso de poupança acumulado durante a pandemia, embora com uma mudança de orientação. O consumo irá orientar-se para os serviços, como as viagens, os eventos e a hotelaria, o que evitará o aumento dos preços dos bens de consumo. O que, mais uma vez, reflete um regresso à normalidade”, salienta o relatório.

Neste contexto, a Crédito y Caución espera que o endurecimento da política monetária nos Estados Unidos da América e na Zona Euro seja “modesto e gradual”, apesar dos atuais níveis de inflação estarem muito acima dos 2%. “Os bancos centrais destas zonas económicas têm credibilidade suficiente para aguentar uma inflação temporariamente elevada”, refere o relatório.

 

EUA

O “Economic Outlook” explica os motivos pelos quais a Reserva Federal norte-americana tomará a dianteira face ao Banco Central Europeu. Por um lado, a recuperação nos Estados Unidos está mais avançada do que a europeia, com os níveis do Produto Interno Bruto (PIB) anteriores à pandemia superados já em meados de 2021. “Esta normalização da política é necessária se o banco central quiser conservar ferramentas para atuar na próxima recessão. Por outras palavras, deixando de lado o aumento da inflação, a política monetária deverá normalizar-se de qualquer forma”, salienta o relatório.

Por outro lado, o Banco Central Europeu “deve ter em conta o impacto das suas possíveis medidas de endurecimento na estabilidade financeira da Zona Euro. Com o apoio público durante a pandemia, países como Espanha, Itália e Grécia construíram níveis de dívida pública muito acima do considerado aceitável. A subida das taxas de juros, ou a perspetiva da sua subida, poderia provocar uma volatilidade nos mercados financeiros, que poderia colocar em risco o refinanciamento da dívida pública”.

Por Bárbara Sousa

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