Oiça este artigo aqui:
A Costa Boal Family Estates acaba de integrar a Old Vine Conference (OVC), uma organização internacional sem fins lucrativos dedicada à preservação e valorização de vinhas históricas em todo o mundo, apresentando-se como “o primeiro e único produtor de vinhas velhas de Trás-os-Montes a integrar a rede mundial”, avança a marca em comunicado. A Costa Boal Family Estates junta-se, assim, a um grupo restrito de 76 membros globais — incluindo apenas sete marcas portuguesas — comprometidos com a promoção de vinhos de vinhas velhas como uma categoria distinta e com valor cultural, ecológico e económico.
Tradição familiar
Enraizada nas colinas acidentadas de Trás-os-Montes, a Costa Boal Family Estates continua uma tradição familiar iniciada em 1857, com uma filosofia clara: “mínima intervenção e máximo respeito pela terra”. A marca possui atualmente 22 hectares de vinhas velhas — muitas com mais de 65 anos — na sub-região da Terra Quente, perto de Mirandela. Em 2024, expandiu-se com a aquisição de mais 10 hectares, num investimento estratégico para o futuro da viticultura sustentável e de qualidade. A empresa tem também quintas no Douro e no Alentejo.
“As nossas vinhas antigas são testemunhos vivos da história vitivinícola de Portugal. Fazer parte da Old Vine Conference é uma honra e uma responsabilidade — estamos comprometidos com a missão de proteger este património para as próximas gerações”, afirma António Boal, da Costa Boal Family Estates.
Old Vine Conference
A Old Vine Conference foi fundada em 2021 com o objetivo de criar uma comunidade global em torno das vinhas velhas. Através de conferências, visitas de campo, investigações e parcerias com instituições como a jancisrobinson.com e a IWSC, a OVC procura mudar “o paradigma do setor e garantir que a economia do vinho apoia a continuidade destas vinhas históricas”. Entre os seus projetos de destaque está o Old Vine Registry, a maior base de dados de vinhas antigas do mundo, atualmente com 3.272 registos de 36 países.
A participação da Costa Boal nesta rede reforça o papel crescente de Portugal “na preservação de vinhas históricas e na produção de vinhos de terroir com identidade e longevidade”.