Um estudo recente da Forrester projeta um crescimento significativo no comércio eletrónico europeu nos próximos cinco anos. As vendas online na região deverão aumentar de 389 mil milhões de euros em 2024, para 565 mil milhões de euros em 2029, representando um incremento de 45%.
A análise centrou-se nas cinco maiores economias da Europa Ocidental: França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.
A previsão indica uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,8% entre 2023 e 2029. Embora este ritmo seja ligeiramente inferior à previsão anterior de 9,2% até 2028, continua a representar uma expansão significativa no sector de vendas online. Espera-se que a participação das vendas online no total do comércio a retalho aumente de 16% em 2024, para quase 21% em 2029.
Comparação com o comércio físico
Enquanto o comércio eletrónico se expande rapidamente, o comércio físico na Europa deverá crescer a um ritmo mais moderado. A taxa de crescimento anual composta para o comércio físico é projetada em apenas 1,7% até 2029, uma desaceleração em comparação com os 4,1% em 2023 e os 8,9% em 2022.
Esta tendência reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que está a migrar progressivamente para as compras online.
Liderança do Reino Unido
O estudo destaca que o Reino Unido continuará a liderar o comércio eletrónico na Europa. Prevê-se que as vendas online no país atinjam 207 mil milhões de euros (176 mil milhões de libras esterlinas) em 2029, um aumento significativo face aos 152 mil milhões de euros (130 mil milhões de libras) registados em 2023.
Na Alemanha, o comércio eletrónico deverá crescer de 97 mil milhões de euros em 2023, para 146 mil milhões de euros em 2029. Em França, espera-se que o volume de negócios online alcance 106 mil milhões de euros em 2029, comparado com 73 mil milhões de euros no ano anterior.
Em termos de participação no comércio a retalho total, o Reino Unido deverá liderar, com as vendas online a representarem 32% do total em 2029. A Alemanha deverá atingir uma taxa de 21%, enquanto França poderá ver as suas vendas online representarem 17% do total do comércio a retalho. De acordo com a Forrester, estes mercados tornar-se-ão importantes centros de crescimento impulsionados por “marketplaces”.