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Colgate-Palmolive aumenta faturação em 1,9% no terceiro trimestre

Crescimento sustentado apesar da desaceleração global

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A Colgate-Palmolive encerrou o terceiro trimestre de 2025 com receitas de 5.131 milhões de dólares (4.800 milhões de euros), o que representa um crescimento de 1,9% face ao mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido situou-se em 735 milhões de dólares (cerca de 687 milhões de euros), ligeiramente abaixo dos valores de 2024 (-0,3%).

O desempenho reflete o impacto de uma desaceleração no crescimento da categoria em vários mercados e da redução nas vendas de produtos para animais de estimação, após a saída da empresa desse segmento não estratégico.

 

Segmento de cuidados pessoais e orais mantém-se dominante

Por divisões, o segmento de cuidados pessoais, orais e do lar foi o principal motor da empresa, com 3.989 milhões de dólares (3.736 milhões de euros) em faturação, um aumento de 2,1%.

Já a área de alimentação para animais de estimação alcançou 1.142 milhões de dólares (1.070 milhões de euros), uma subida mais moderada de 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2025, a Colgate-Palmolive atingiu 15.152 milhões de dólares (14.200 milhões de euros) em receitas, em linha com o período homólogo, e um lucro de 2.169 milhões de dólares (2.030 milhões de euros), o que representa um aumento de 0,9%.

 

“Estamos bem posicionados para reativar o crescimento”

O presidente e CEO da Colgate-Palmolive, Noel Wallace, destaca a satisfação por “mais um trimestre de crescimento em vendas líquidas e orgânicas, mesmo num contexto de desaceleração da categoria e de incerteza global”.

Segundo o responsável, a empresa está a atravessar uma fase de transição estratégica, centrada na implementação do Programa de Crescimento Estratégico e Produtividade e na estratégia Colgate 2030, que pretende acelerar a inovação, reforçar a presença omnicanal e otimizar a estrutura organizacional.

“A estratégia 2030 é o nosso plano para adaptar-nos aos desafios e capitalizar as oportunidades de um ambiente operacional mais complexo”, afirma Noel Wallace. “O foco está em acelerar a inovação baseada na ciência e fortalecer as nossas capacidades digitais para impulsionar o crescimento e a quota de mercado”.

 

Perspetivas prudentes para o final do ano

A Colgate-Palmolive reviu ligeiramente em baixa as suas previsões de crescimento orgânico anual, agora estimadas entre 1% e 2%, alinhadas com o crescimento acumulado até setembro (1,2%), face à anterior previsão de 2% a 4%.

Apesar da incerteza macroeconómica e da pressão sobre custos, a empresa mantém a ambição de alcançar um crescimento sustentado dos lucros por ação no longo prazo, apoiado na inovação científica, na digitalização e numa estrutura mais ágil e produtiva.

 

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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