O Benetton Group anunciou um plano de recuperação, marcado pelo encerramento de 500 lojas, principalmente em Itália.
A medida faz parte de uma estratégia desenhada pelo recém-nomeado CEO, Claudio Sforza, para trazer a empresa de volta à rentabilidade até 2026. Em 2023, a Benetton registou perdas de 230 milhões de euros, reflexo de anos de desafios financeiros.
Medidas para a recuperação
O plano combina cortes de custos, melhorias de eficiência e uma estratégia de marca mais focada. Entre as ações-chave estão a redução do número de lojas, mudança nas operações de produção, com o encerramento de uma fábrica na Croácia e a transferência de operações para instalações na Tunísia e na Sérvia, simplificação das linhas de produtos, com um foco em produtos mais reconhecíveis e uma redução nos ciclos de produção, que passarão de 12 para seis meses, e a mudança da sede histórica, transferida para um escritório em Castrette di Villorba.
Apesar das mudanças profundas, o plano não inclui despedimentos coletivos, mas prevê um programa de redução do tempo de trabalho para cerca de mil funcionários e esquemas de saídas voluntárias com compensações de até 50 mil euros.
Desafios no curto prazo
O impacto do plano já é sentido. As vendas deste ano devem cair 20%, para 900 milhões de euros, em grande parte devido ao encerramento de lojas. No entanto, Claudio Sforza descreveu a situação como “a última oportunidade” da marca, apelando aos colaboradores para trabalharem unidos em direção à recuperação.
Com estas medidas, a Benetton espera modernizar a sua operação, responder às dinâmicas de um mercado em evolução e recuperar a confiança dos consumidores.