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A concentração do mercado de e-commerce está a acentuar-se, sobretudo na América do Norte, onde as cinco maiores lojas online representam mais de 50% das receitas totais geradas pelas 100 principais plataformas em cada país.
Os dados são do mais recente relatório da ECDB (EcommerceDB), que analisou o peso das maiores empresas em vários mercados digitais. Segundo o estudo, o Canadá lidera a concentração, com 60% das receitas do top 100 a serem geradas pelas cinco maiores lojas online, seguido dos Estados Unidos (55%) e México (54%). A presença da Amazon é universal nestes mercados, mas é o crescimento da Walmart que mais tem contribuído para a consolidação, tendo já atingido o segundo lugar no Canadá e nos Estados Unidos e o terceiro no México.
“É o reflexo do clássico ‘winner takes it all’”, refere a ECDB, sublinhando que a concentração não se limita à receita: estende-se à capacidade logística, marketing, ecossistemas de fidelização e influência sobre cadeias de abastecimento.
Itália lidera na Europa
Na Europa, o cenário é diferente. A Itália é o país com maior concentração entre os analisados (superior a 50%), enquanto o Reino Unido, Espanha e Alemanha apresentam uma faixa entre os 40% e 50%. A França regista a menor concentração (39,2%).
Nestes mercados, a Amazon lidera em todos os casos, mas o restante top 5 inclui players regionais e nacionais como Zalando, Shein, El Corte Inglés, Tesco, Otto ou Cdiscount, o que ajuda a diluir a concentração.
No caso da Alemanha, as lojas que ocupam do sexto ao 25.º lugar geram uma fatia significativa das receitas totais, revelando um mercado mais competitivo e fragmentado. Esta realidade contrasta com o México, onde 86% da receita do top 100 está nas 25 maiores lojas, seguido do Canadá e Estados Unidos (84%).
Apesar das diferenças entre mercados, a tendência global aponta para o aumento da concentração no e-commerce, à medida que gigantes como Amazon, Walmart, Shein ou Temu alargam a sua presença internacional e reforçam as suas capacidades operacionais.
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