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A Amazon anunciou a aquisição da Rabbit Inc., uma promissora startup com sede em Los Angeles, focada no desenvolvimento de dispositivos com inteligência artificial generativa.
A empresa ganhou projeção internacional após o lançamento do Rabbit R1, um dispositivo portátil que promete redefinir a forma como os consumidores interagem com a tecnologia, sem depender de aplicações móveis.
Embora o valor da transação não tenha sido divulgado, a compra posiciona a Amazon na linha da frente da corrida pelos assistentes inteligentes portáteis, ao lado de empresas como a Humane (criadora do Ai Pin) e de iniciativas da Apple e da Meta na área da IA “vestível”.
Rabbit R1: a inovação que captou a atenção global
Apresentado na feira CES 2024, em Las Vegas, o Rabbit R1 combina um design compacto com funcionalidades potenciadas por IA generativa. Sem ecrã tátil convencional, o dispositivo aposta numa interface por voz e comandos simples para executar tarefas quotidianas em nome do utilizador: desde encomendar uma refeição até escrever e enviar mensagens.
A Rabbit Inc. desenvolveu internamente o LAM – Large Action Model, um modelo de linguagem de nova geração, treinado para entender intenções e agir sobre interfaces de utilizador gráficas, como se estivesse a clicar em aplicações. O objetivo é dispensar os múltiplos passos entre apps e menus, oferecendo uma experiência direta e assistida.
Em apenas quatro meses, a Rabbit vendeu mais de 100 mil unidades do R1 em pré-venda, demonstrando um forte interesse de mercado, sobretudo entre consumidores mais tecnológicos e interessados em novas interfaces.
Alexa em evolução
A aquisição surge num momento em que a Amazon procura revitalizar o ecossistema Alexa, que tem perdido protagonismo face aos avanços da concorrência em inteligência artificial conversacional. A tecnologia da Rabbit poderá vir a ser integrada nos assistentes da Amazon, elevando as capacidades da Alexa para além dos comandos tradicionais.
Segundo fontes próximas do processo, citadas pela Reuters, a equipa técnica da Rabbit Inc. deverá manter uma certa autonomia dentro da estrutura da Amazon, com o objetivo de acelerar a inovação e possibilitar novas aplicações comerciais da sua tecnologia.