Amazon Project Kuiper logo seen on smartphone screen. Amazon's Project Kuiper is a global broadband access through a constellation of satellites.
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Amazon lança os primeiros satélites do Projeto Kuiper e entra na corrida pelo espaço

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A Amazon colocou em órbita, no final de abril, os primeiros 27 satélites do seu Projeto Kuiper, iniciando o que promete ser uma das maiores constelações de Internet por satélite do mundo.

O objetivo passa por oferecer acesso global a Internet de banda larga, tanto a consumidores como a empresas e governos, competindo assim com a já estabelecida Starlink, da SpaceX, propriedade de Elon Musk.

Este lançamento representa o início de uma constelação que poderá vir a incluir até 3.236 satélites em órbita terrestre baixa e que envolve um investimento estimado de 10 mil milhões de dólares.

 

Jeff Bezos acredita num mercado com “vários vencedores”

Em declarações à agência Reuters, Jeff Bezos mostrou-se confiante no sucesso do Kuiper, mesmo reconhecendo o avanço da Starlink. “Há uma procura insaciável por Internet. Prevejo que a Starlink continuará a ter sucesso e que o Kuiper também o terá”, afirmou.

Apesar do foco ser comercial, Jeff Bezos admite aplicações militares e de defesa para este tipo de infraestrutura em órbita baixa.

Embora tenha iniciado o projeto mais tarde do que a concorrência, a Amazon vê vantagens estratégicas na sua posição. A empresa destaca a sua experiência em produtos de consumo, a liderança global em computação na nuvem (AWS) e o facto da infraestrutura Kuiper estar integrada com os seus sistemas digitais.

Em 2023, a empresa já tinha testado com sucesso dois satélites protótipos, que foram desorbitados em 2024. Até agora, a Amazon manteve discrição sobre os progressos, mas com este lançamento entra de forma visível no sector aeroespacial.

 

Concorrência direta num mercado em rápida expansão

Com esta movimentação, a Amazon junta-se a um grupo cada vez mais competitivo de empresas tecnológicas que estão a transformar o sector espacial. Além da Starlink, projetos semelhantes estão a ser desenvolvidos por empresas como a OneWeb, a Telesat e, mais recentemente, a europeia IRIS².

O desafio agora passa por garantir capacidade operacional, escala e segurança, num mercado onde o tempo de resposta e a fiabilidade do serviço serão fatores críticos de diferenciação.

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Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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