Alimentação pet
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Alimentação pet: tutores portugueses procuram saúde, diversidade e escolhas mais conscientes

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A forma como os portugueses alimentam os seus animais de companhia está a passar por uma transformação estrutural. Já não se trata apenas de “dar comida ao cão ou ao gato”, mas de uma decisão alinhada com valores de saúde, bem-estar e prevenção. As conclusões são do estudo PetPulse Insights – Laços, Rotinas & Consumo, desenvolvido pela UPPartner, que revela uma mudança profunda nos padrões de alimentação pet em Portugal.

A ração seca continua a ser a base alimentar dos pets portugueses: 97% dos tutores recorrem a este formato. No entanto, o estudo mostra que este hábito já não é isolado nem suficiente para grande parte dos consumidores.

Mais de metade dos tutores diversifica e combina diferentes fontes de nutrição:

  • 64% complementam a dieta com alimentação húmida;
  • 63% utilizam snacks, seja como recompensa, enriquecimento ambiental ou complemento nutricional.

Este comportamento revela uma tendência clara: os tutores procuram mais variedade, mais personalização e mais benefícios adicionais. A alimentação torna-se multifacetada, mais próxima do que acontece na nutrição humana, onde a combinação de alimentos e formatos responde a diferentes necessidades ao longo do dia.

Suplementos ganham terreno, impulsionados pela saúde

Um dado particularmente revelador é o crescimento dos suplementos alimentares, utilizados por 18% dos tutores. Trata-se de uma categoria em expansão, impulsionada sobretudo por preocupações de:

  • longevidade,
  • reforço imunológico,
  • saúde articular,
  • pele e pelo,
  • necessidades específicas relacionadas com idade, raça ou condição clínica.

Esta procura demonstra que os tutores estão mais atentos a sinais precoces de desconforto ou predisposições e utilizam a nutrição como ferramenta preventiva. A alimentação deixa, assim, de ser funcional para se tornar terapêutica, num cruzamento entre afeto, ciência e cuidado continuado.

Decisão de compra guiada pela credibilidade

Num mercado cada vez mais diversificado, o estudo identifica dois critérios de decisão que se destacam:

  1. Recomendação veterinária – o fator mais determinante na escolha.
  2. Perceção de qualidade nutricional, com ênfase em ingredientes naturais, fórmulas equilibradas e benefícios comprovados.

O preço mantém importância, mas deixa de ser o elemento central. Os tutores mostram maior maturidade e procuram transparência, informação clara e produtos que reflitam um estilo de vida mais saudável.

Humanização positiva do cuidado animal

Para a UPPartner, esta evolução representa um novo capítulo no mercado pet. A alimentação torna-se o principal território de inovação – desde fórmulas funcionais até snacks saudáveis, alimentação hidratada, sistemas de controlo de porções e soluções para necessidades específicas.

Quando o tutor escolhe melhor para o animal, está a projetar os mesmos valores de bem-estar e longevidade que aplica a si próprio”, explica Bernardo Soares, médico veterinário e One Health Diretor da UPPartner. “Esta convergência entre hábitos humanos e cuidados animais confirma uma mudança estrutural no consumo e reforça a consciência sobre o impacto da nutrição na saúde”.

Motor de crescimento do mercado pet

A alimentação é hoje um dos segmentos mais dinâmicos e estruturantes do setor pet em Portugal. É também a categoria onde a humanização positiva – tratar o animal como membro da família, sem perder rigor científico – se manifesta de forma mais evidente.

O estudo PetPulse Insights confirma que o futuro da alimentação pet passa por:

  • maior diversidade de formatos,
  • maior integração entre nutrição e saúde,
  • produtos funcionais e preventivos,
  • aumento da literacia alimentar,
  • escolhas mais emocionalmente informadas.

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