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Com a chegada da época natalícia, as compras de brinquedos voltam a ganhar destaque nas listas de prioridades das famílias europeias. Por detrás das prateleiras cheias, os dados mais recentes, divulgados pelo Eurostat, revelam uma forte dependência da União Europeia (UE) das importações provenientes de países terceiros, confirmando que a produção de brinquedos continua largamente concentrada fora do espaço comunitário.
Em 2024, a UE foi importadora líquida de brinquedos, tendo adquirido ao exterior produtos no valor de 7,1 mil milhões de euros, mais 600 milhões de euros do que em 2023. No mesmo período, as exportações para países fora da UE atingiram 2,5 mil milhões de euros, um aumento de 200 milhões de euros em relação ao ano anterior. O desequilíbrio da balança comercial reflete o peso das importações no abastecimento do mercado europeu.
China representa 80% das importações extra-UE
A China mantém-se, de forma destacada, como o principal fornecedor de brinquedos à União Europeia, representando 80% do total das importações extra-UE, o equivalente a 5,6 mil milhões de euros. Seguem-se o Vietname, com 6% das importações (418 milhões de euros), e o Reino Unido, com 3% (188 milhões de euros), confirmando a concentração geográfica da produção global deste tipo de bens.
Do lado das compras europeias, Alemanha e Países Baixos lideram como os maiores importadores de brinquedos provenientes de países fora da UE, cada um com 17% do total em valor. A França surge logo a seguir, com 14%, refletindo a dimensão dos seus mercados internos e o peso do consumo durante a época festiva.

Reino Unido principal exportador
No que respeita às exportações, o Reino Unido destaca-se como o principal destino dos brinquedos europeus fora da UE, absorvendo 33% do total exportado, num valor de 838 milhões de euros. Seguem-se a Suíça, com 13% (315 milhões de euros), e os Estados Unidos, com 10% (245 milhões de euros).
A análise dos dados mostra ainda que três países da UE concentram quase 60% das exportações extra-UE de brinquedos. A Chéquia lidera este grupo, sendo responsável por 28% das exportações, à frente da Alemanha (17%) e da Bélgica (13%), evidenciando a especialização de alguns Estados-membros na produção e distribuição destes produtos.
Os números confirmam que, apesar de existir capacidade produtiva dentro da União Europeia, o mercado de brinquedos continua fortemente dependente de cadeias de abastecimento globais, com especial destaque para a Ásia. Uma realidade que ganha particular visibilidade precisamente na altura do ano em que os brinquedos assumem um papel central nas celebrações.
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