Geração Z
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Geração Z está dividida: Edelman identifica duas realidades opostas dentro do segmento

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Durante anos, a Geração Z foi tratada como um bloco homogéneo: diversa, digital, ativista e emocionalmente consciente. Mas essa visão está ultrapassada. O novo relatório “The Great Gen Z Divide”, da Edelman, revela uma rutura interna profunda. Existem, na verdade, duas Gerações Z, com comportamentos, expectativas e relações muito diferentes com marcas, instituições e cultura.

 

1.0 e 2.0

A Edelman distingue dois subconjuntos. A Gen Z 1.0 (23 a 29 anos) é socializada num período de auge do ativismo e de maior confiança nas marcas. É participativa, comunitária e acredita que as empresas têm poder transformador. Confia por defeito e retira essa confiança quando se sente traída.

Por sua vez, a Gen Z 2.0 (13 a22 anos) cresceu imersa num ambiente informativo saturado, dominado pelo algoritmo do TikTok, pela lógica dos memes e por uma pandemia que marcou os seus anos formativos. Move-se com desconfiança por defeito, questiona tudo e confia apenas depois de ver prova concreta.

A diferença entre as duas é descrita como radical, desde os valores até às formas de interpretar o mundo.

 

Humor, ironia e algoritmos: o código cultural da Gen Z 2.0

A ala mais jovem está mais exposta a conteúdos fugazes e altamente formatados por algoritmos. É também mais individualista e expressa-se através de um humor sarcástico, da ironia constante e da estética meme.

O estudo revela ainda que 72% da Gen Z 2.0 utiliza a inteligência artificial pelo menos uma vez por semana, permitindo que as plataformas digitais moldem os seus referenciais culturais de forma acelerada.

Há também mudanças políticas e sociais: nos Estados Unidos, a faixa mais jovem mostra uma tendência crescente para posições conservadoras, em contraste com o espírito mais progressista da Gen Z 1.0.

As brechas internas são ainda mais profundas quando analisadas pelo género. Entre os jovens da Gen Z 2.0 nos Estados Unidos, o apoio ao feminismo é 21 pontos percentuais mais baixo entre os rapazes do que entre as raparigas.

 

Confiança: as marcas continuam à frente das instituições

Apesar da desconfiança crescente, a Geração Z, no seu conjunto, continua a confiar mais nas marcas do que nas instituições tradicionais: 65% confia nas marcas que utiliza; apenas 56% confia nos meios de comunicação e 55% confia nas empresas em geral.

O que procuram as marcas? 72% quer que as marcas ajudem a “sentir-se bem”, 66% espera ferramentas para “fazer o bem” e 58% valoriza propostas que criem um sentido de comunidade.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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