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Com a chegada do frio e do mau tempo, o isolamento e a inatividade voltam a ser uma realidade para muitos idosos em Portugal. A permanência prolongada em casa, a menor atividade física e a redução do apetite tornam esta época do ano particularmente crítica, aumentando o risco de malnutrição, uma condição que afeta um em cada três idosos portugueses e que tende a passar despercebida.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), quase 40% dos idosos com mais de 80 anos vivem sozinhos, o que representa mais de meio milhão de portugueses com 65 ou mais anos em situação de isolamento. A população sénior continua a crescer a um ritmo de 2% ao ano, colocando Portugal entre os países mais envelhecidos da União Europeia.
Um problema silencioso
A malnutrição em idosos é um problema silencioso, mas com consequências sérias: perda de massa muscular, diminuição da força, maior vulnerabilidade a doenças e internamentos mais longos. Segundo Margarida Graça Santos, especialista em Medicina Geral e Familiar, muitos familiares confundem os sinais da malnutrição com o envelhecimento natural.
“Muitos associam a perda de apetite, o cansaço ou a perda de peso simplesmente à idade, quando, na verdade, podem ser sinais precoces de malnutrição”, alerta a médica. “Mesmo pequenas perdas de peso em idosos podem ter um grande impacto na força e na recuperação de doenças. Por isso, é fundamental agir cedo”.
As causas desta condição são diversas – desde dificuldades em mastigar ou engolir, à solidão, à redução dos rendimentos ou à falta de apetite – e o seu impacto é transversal: compromete a autonomia, agrava a fragilidade física e aumenta o risco de complicações após cirurgias ou infeções sazonais.
A especialista sublinha que uma alimentação equilibrada é uma das chaves para um envelhecimento saudável: “refeições pequenas, densas em energia e proteína, com cores e sabores apelativos, podem fazer toda a diferença. E, quando não são suficientes, o médico ou nutricionista pode recomendar suplementos nutricionais orais para reforçar a ingestão de energia e nutrientes”.
A marca Fortimel, da Danone Nutricia, tem vindo a desenvolver iniciativas de sensibilização sobre a malnutrição associada à doença, alertando para a importância de reconhecer precocemente os sinais e procurar apoio médico. A marca alerta que num país cada vez mais envelhecido, o desafio é coletivo: olhar com atenção para os pais, avós e vizinhos mais velhos, sobretudo durante o inverno. Porque, como lembra a campanha, “estar atento é cuidar” – e pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e na autonomia de quem mais precisa.
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