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69% dos portugueses consome conteúdos sobre finanças pessoais

Estudo revela que apesar de 30% dos inquiridos poupar entre 10% e 20% do seu salário líquido, 25% não consegue poupar qualquer parte do seu rendimento mensal

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Perceber como os consumidores gerem as suas finanças pessoais, as estratégias que adotam para poupar face aos desafios económicos atuais e qual o destino dado ao dinheiro reservado mensalmente. Este foi o objetivo que levou a Escolha do Consumidor, sistema de avaliação de marcas número um em Portugal, a realizar um estudo sobre as finanças pessoais dos portugueses.

Os resultados mostram “uma realidade marcada pela dificuldade em poupar, mas também por uma crescente consciência financeira e vontade de melhorar a gestão do orçamento familiar”. Mais precisamente que 25% dos inquiridos não conseguem poupar qualquer parte do seu salário líquido. Entre os que o fazem, 24% consegue guardar menos de 10% do rendimento, enquanto a maioria, 30%, poupa entre 10% e 20%. Já 10% dos participantes, consegue reservar entre 20% e 30% e 11% poupa mais de 30% do seu rendimento mensal.

O estudo aponta que a principal motivação para poupar continua a ser a prevenção de imprevistos, com 44% dos entrevistados a destinarem as suas poupanças à criação de um fundo de emergência. Segue-se o investimento, com 16% a indicar que poupa com o objetivo de rentabilizar o dinheiro e 14% que prefere reservar a poupança para viagens ou lazer. Os restantes consumidores optam por acumular para a sua reforma ou referem outros fins, refletindo a diversidade de prioridades financeiras entre os inquiridos (13% em ambos).

De acordo com o estudo, 48% dos portugueses alteraram os seus hábitos apenas em algumas categorias de consumo com o objetivo de aumentar as suas poupanças, demonstrando uma adaptação seletiva para equilibrar necessidades e orçamento. 25% mudou as suas decisões de compra de forma significativa, evidenciando uma postura mais ativa e consciente na gestão financeira. Ainda assim, 22% mantem os mesmos hábitos e 5% admite nunca ter refletido sobre possíveis mudanças.

Reduzir os gastos

Já no que concerne aos gostos, mais precisamente à redução dos mesmos, 24% dos participantes diminuiu as despesas fora de casa, nomeadamente em restaurantes, lazer e transportes. Outros 22% optam por comprar em promoções ou descontos e 19% recorrem à comparação de preços antes da compra. Por sua vez, 18% preferem marcas brancas ou genéricos e 14% reduziram os consumos domésticos, como a energia, a água e a alimentação.

Quando questionados sobre quais as formas de investimento que preferem, 40% revela que não investem as suas poupanças, mantendo o dinheiro parado ou em contas de depósito simples. Dos inquiridos que investem, 32% escolhem produtos de baixo risco, como os depósitos a prazo, certificados de aforro ou obrigações, favorecendo a segurança em detrimento do retorno. 12% aplica as suas poupanças em produtos de risco moderado e uma pequena percentagem assume um risco mais elevado, investindo em ações e criptomoedas, ou diversifica os investimentos, distribuindo o capital por diferentes níveis de risco (8% nos dois casos).

A literacia financeira continua a ganhar espaço entre os portugueses. Metade dos entrevistados (50%) consome conteúdos sobre finanças pessoais ocasionalmente, mostrando um interesse generalizado, ainda que não sistemático, em aprender mais sobre este tema. Para além disso, 19% fazem-no com regularidade, exibindo um esforço contínuo na busca de conhecimento financeiro. No entanto, 17% refere não consumir este tipo de conteúdo, mas tem interesse em começar, o que aponta para um potencial crescimento na procura por informação financeira acessível. Somente 14% não tem interesse em temáticas relacionadas com a literacia financeira.

 

Sobre o Estudo

Este questionário foi respondido por 850 portugueses, 55% de pessoas do sexo feminino e 45% do masculino. Quanto às idades compreendidas dos inquiridos: a faixa etária de 35 a 44 anos representa 16% dos participantes, 13% tem entre 18 a 25 anos e 12% têm entre 26 a 34 anos. Os consumidores a partir dos 44 anos correspondem a 59%. A maioria dos participantes está localizada na área da Grande Lisboa (38%), Centro (22%), região do Norte (17%), Grande Porto (13%) e a restante percentagem encontra-se distribuída em outros pontos do país. A ConsumerChoice é plenamente e unicamente responsável pela integridade e precisão dos dados obtidos.

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