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No segundo trimestre de 2025, a Skechers registou vendas totais de 2,44 mil milhões de dólares, um aumento de 13,1% face ao período homólogo de 2024.
Este crescimento foi impulsionado tanto pelo canal wholesale (vendas por grosso), que cresceu 15,0%, como pelo canal direct-to-consumer (vendas diretas ao consumidor), que subiu 11,0%. Em moeda constante — ou seja, excluindo o impacto das flutuações cambiais —, as vendas atingiram 2,41 mil milhões de dólares, representando um crescimento de 11,5%.
A margem bruta global situou-se nos 53,3%, ligeiramente inferior aos 54,9% do ano anterior, devido ao aumento dos custos operacionais. Apesar disso, o lucro por ação diluído subiu 24,2%, atingindo 1,13 dólares, um sinal positivo para os investidores.
Desempenho por região
A nível regional, o destaque foi a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), que registou um crescimento impressionante de 48,5%, impulsionado pela forte procura em mercados como Alemanha, França e Reino Unido.
Contrariando a tendência global, a China registou uma quebra de 8,2%, refletindo desafios económicos locais e alterações nos hábitos de consumo.
Já nas Américas, o crescimento foi modesto, de 1,1%, com os EUA a registarem uma estagnação nas vendas wholesale (-7,5% no mercado doméstico), compensada pelo aumento das vendas diretas ao consumidor (+7,6%).
Canais de venda
O canal wholesale continuou a ser o principal motor de vendas. O crescimento de 15% reflete a forte relação da marca com retalhistas globais e a capacidade de resposta às tendências de mercado. No entanto, a margem bruta mais baixa (41,4%) evidencia a pressão nos custos e a concorrência acirrada.
Embora o crescimento seja menor (+11%) no direct-to-consumer, este canal destaca-se pela margem bruta superior (67%), resultado de preços mais elevados e menor dependência de intermediários. A expansão das lojas próprias e do e-commerce tem sido crucial para este desempenho.