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Sete passos que os CEOs devem ter em conta na implementação de IA generativa nas suas empresas

Foto Shutterstock

Num contexto em que a inteligência artificial está a evoluir a um ritmo acelerado, mesmo assim, existem executivos a considerar a viabilidade de incorporar esta tecnologia nos seus modelos de negócio. A McKinsey & Company acaba de publicar o estudo “What every CEO should know about generative AI”, onde oferece sete recomendações-chave para que as empresas possam começar a trabalhar com inteligência generativa e os CEO saibam como e quando agir.

A análise da consultora indica que, embora seja verdade que a inteligência artificial tenha avançado significativamente num curto período, ainda não atingiu o nível de precisão esperado, o que tem suscitado algumas reservas entre os CEOs. Nesse sentido, o relatório divulgado tem como objetivo apresentar um conjunto de recomendações a ter em conta, entre as quais se destaca a organização. De facto, a inteligência artificial generativa requer uma abordagem clara e coordenada, dadas as suas probabilidades de risco únicas e a sua capacidade de ser aplicada em qualquer área da empresa. Assim, a McKinsey propõe a criação de um grupo de trabalho específico para identificar e priorizar os melhores “use cases” e, desta forma, permitir a sua aplicação segura e coordenada.

Por outro lado, a facilidade de implementação da inteligência artificial generativa pode levar as empresas a aplicá-la apenas em situações pontuais. No entanto, de acordo com a análise realizada, torna-se fundamental as empresas focarem-se nas áreas que permitam gerar maior valor e na combinação de tecnologias que possibilite novas formas de trabalhar. A esta recomendação, a McKinsey chamou de reimaginar.

 

Capacitar

Outra recomendação que deve ser considerada é a de capacitar. De acordo com o estudo da consultora, para aproveitar todo o potencial desta tecnologia, é necessário ter uma grande quantidade de dados e a tecnologia mais moderna. Além disso, tendo em conta que a inteligência artificial está a evoluir a um ritmo elevado, o que exige que as empresas ajam com rapidez para garantir uma vantagem competitiva, construir apresenta-se como outra das recomendações-chave no processo de implementação.

Outro fator importante é o equilíbrio. A análise da McKinsey aponta que, embora as oportunidades para gerar valor sejam abundantes, os CEOs geralmente têm em conta o equilíbrio entre os benefícios e os riscos envolvidos na inteligência artificial generativa. Nesse sentido, é importante estabelecer princípios éticos e diretrizes de utilização que tenham em consideração os riscos específicos de cada caso.

“Cada CEO deve trabalhar com a equipa executiva de modo a refletirem sobre onde e como participar. Alguns executivos podem decidir que a inteligência artificial generativa apresenta uma oportunidade de transformação para as suas empresas, oferecendo a possibilidade de reinventar tudo, desde a investigação e desenvolvimento até ao marketing, vendas e apoio ao cliente. Outros podem optar por começar gradualmente esta implementação e escalar no futuro. Uma vez tomada a decisão, existem abordagens técnicas que os especialistas em inteligência artificial podem seguir para executar a estratégia, dependendo de cada caso e área”, afirma Benjamin Vieira, sócio da McKinsey & Company.

 

Aliar

O relatório também menciona que é importante aliar, ou seja, criar e manter um conjunto equilibrado de parcerias que permitam às empresas avançarem de uma forma mais rápida. Recomenda-se também estabelecer parcerias com fornecedores e especialistas para criar aplicações e aproveitar os avanços tecnológicos mais recentes, bem como o suporte técnico.

Os diferentes “use cases” mostram que são necessários diferentes níveis e quantidades de competências técnicas. Nesse sentido, a McKinsey recomenda contratar profissionais adequados para desenvolver ferramentas de inteligência artificial generativa, bem como capacitar e educar o capital humano existente. Desta forma, é possível alcançar a última das recomendações mencionadas no estudo, que é focar.

A análise da McKinsey destaca que, embora haja diferentes níveis de investimento e requisitos técnicos necessários para implementar a inteligência artificial generativa, é importante considerar que a falta de ação pode fazer com que uma empresa fique rapidamente para trás em relação à concorrência.

O estudo da consultora acrescenta que, atualmente, grande parte da utilização, embora nem sempre todo o valor, da inteligência artificial generativa numa organização tem origem nos trabalhadores que utilizam recursos integrados no software já existente. Por exemplo, os sistemas de e-mail podem oferecer a opção de escrever os primeiros rascunhos de mensagens, as aplicações de produtividade podem criar o primeiro rascunho de uma apresentação com base numa descrição ou o software financeiro pode gerar uma descrição das características principais num relatório financeiro.

“A tecnologia de inteligência artificial generativa está a avançar rapidamente. Por exemplo, a OpenAI lançou, a 13 de março, o GPT-4, que oferece melhorias significativas, de 40%, em relação à precisão e mitigação de erros em comparação com o GPT-3.5. No entanto, ainda existem alguns CEOs que são cautelosos ao lidar com este tipo de ferramenta e procuram conhecê-la melhor testando-a em alguns ‘use cases’ antes de fazer grandes investimentos. Mas é certo que o ciclo de lançamento, a quantidade de startups e a rápida integração em aplicações de software existentes são notáveis. Estas ferramentas são ideais para automatizar, aumentar e acelerar o trabalho de qualquer empresa”, conclui Benjamin Vieira.

 

 

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