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Moda em segunda mão vai duplicar a “fast fashion”

Foto Shutterstock

A moda em segunda mão vai duplicar a “fast fashion” até 2030, indica a Samy Alliance no seu relatório “Consumer Trends 2022”, que aponta para o aumento das plataformas especializadas de consumidores para consumidores (C2C) na venda de vestuário, a maior preocupação com o consumo consciente e a vontade de poupar pelas novas gerações como as principais tendências que contribuem para o crescimento do sector.

Em 2020, 33 milhões de pessoas investiram, pela primeira vez, em roupas em segunda mão. Especificamente, 76% dos primeiros compradores neste mercado garantiu que, nos próximos cinco anos, iria aumentar o seu investimento. Isto tem um impacto direto nos projetos de plataformas de negociação, dos quais se estima um aumento de 5,4%, nos próximos cinco anos.

 

Perfil de consumo

As novas gerações são aquelas que estão a marcar o caminho que as marcas devem seguir para reter o seu consumo. O maior acesso à informação e o poder de gerar debate e diálogo que lhes foi concedido através das redes sociais permitem que os jovens transfiram as suas preocupações para as marcas e influenciem as suas estratégias.

De acordo com o relatório da Samy Alliance, a Geração Z tem em conta os padrões éticos das marcas antes de investir nelas. Especificamente, 62% diz estar mais disposto a gastar em marcas sustentáveis.

Outro aspeto destacado no estudo é o facto de uma grande parte dos consumidores, agora, priorizar a qualidade das peças de vestuário, valorizando o facto de poder revendê-las a posteriori. Nesse sentido, 43% dos utilizadores prefere investir em peças de vestuário de maior qualidade, para garantir que pode obter rentabilidade, a longo prazo. De facto, a Geração Z tem 165% mais em conta o valor de revenda antes de adquirir a roupa do que os Baby Boomers, denotando a integração do hábito de consumo em segunda mão. De acordo com a Samy Alliance, 33% da Geração Z tem roupas em segunda mão.

 

Fator ambiental

O fator ambiental também influencia as decisões dos consumidores. Como salienta a Samy Alliance, estima-se que a venda de roupa em segunda mão tenha permitido a recirculação de cerca de 6.650 milhões de peças de vestuário. Com isto, as poupanças ligadas aos utilizadores ultrapassam os 390 mil milhões de dólares.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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