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Os retalhistas estão a acelerar os seus investimentos digitais para dar resposta à crescente complexidade dos processos de entrega e às expectativas cada vez mais elevadas dos consumidores. A aposta passa, sobretudo, pela automatização de processos, tanto na gestão de materiais como nos sistemas de software que suportam as operações logísticas.
De acordo com um estudo recente da empresa global de inteligência tecnológica ABI Research, mais de 90% dos retalhistas planeiam implementar soluções de Inteligência Artificial (IA) com o objetivo de apoiar a tomada de decisões e otimizar redes logísticas.
“As aplicações de IA generativa têm vindo a ser exploradas pelos retalhistas ao longo do último ano, sobretudo em ferramentas de suporte ao cliente e assistentes virtuais”, afirma Ryan Wiggin, analista sénior da ABI Research. “Contudo, cresce o interesse por aplicações de agentic IA, sendo que mais de 40% dos inquiridos concordam fortemente que estes agentes podem automatizar decisões como o ajuste de níveis de inventário, redirecionamento de envios ou acionamento automático de reabastecimentos”.
Automatização e segurança
Além das ferramentas de software e da automatização de armazéns, a cibersegurança surge como uma preocupação central para o sector. Mais de 35% dos retalhistas indicaram que irão investir mais de 50 mil dólares em segurança de TI (Tecnologias da Informação) no próximo ano. Já os investimentos em segurança OT (Tecnologias Operacionais) têm registado um crescimento ainda mais acentuado, impulsionado por uma maior consciencialização dos riscos e por exigências regulamentares mais rigorosas.
Wiggin sublinha ainda que os principais obstáculos enfrentados pelas empresas de retalho na modernização dos seus fluxos de trabalho são as preocupações com a privacidade de dados e a dificuldade de integração com sistemas legados. Para superar estes desafios, defende que “os fornecedores devem oferecer um processo de integração robusto e suporte contínuo, com especial atenção à gestão e segurança dos dados“.