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82% gostaria de usufruir de descontos mais personalizados dos retalhistas onde faz compras

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Entre os dados, sublinha-se que 76% dos consumidores continua a preferir fazer compras de mercearia e de outros bens alimentares de forma física, uma vez que, deste modo, podem experimentar o produto (59%), garantir a sua qualidade (56%) e obter os produtos mais rapidamente (53%). Embora as opções de compra online sejam cada vez mais populares, a experiência tangível e as vantagens oferecidas pelo formato físico continuam a atrair uma parcela significativa da amostra.

Até 55% dos consumidores abandona as compras se não puder pagar com os seus métodos preferidos, seja em lojas físicas ou online, o que evidencia o poder de oferecer opções de pagamento para atender às preferências individuais e garantir uma conclusão bem-sucedida das transações.

 

Custo de vida mais elevado versus consumo consciente

O aumento do custo de vida tem impactado as escolhas no momento de comprar, uma vez que se assiste a um foco renovado na poupança e no consumo racional. Duas em cada 10 pessoas estão particularmente preocupadas com os custos de entrega e confirmam que encomendam menos refeições online para evitar pagar a taxa.

Os retalhistas, conscientes destas preferências, afirmam querer melhorar o seu negócio para ir ao encontro da expectativa dos seus clientes, ao reduzir custos e ao aumentar a eficácia (22%), ao identificar produtos inovadores (22%) e ao melhorar as experiências dos clientes (21%). Esta é uma mudança de paradigma que os próprios retalhistas também estão a sentir, com 58% a reportar um aumento das expectativas dos clientes devido à inflação do custo de vida. “Perante um panorama económico incerto e um consumidor mais consciente e cauteloso, continua a ser essencial que as empresas quebrem os ciclos de vendas tradicionais, por exemplo, com dias como a Black Friday, o Prime Day ou o CyberMonday”, afirma Juan José Llorente, Country Manager da Adyen em Espanha e Portugal. “Isto é algo de extrema importância para os retalhistas, sendo que muitos deles já o fazem. Por exemplo, as empresas, a nível global, dizem que vão manter períodos de desconto flexíveis, mesmo após a inflação diminuir, algo que pode ajudar a aumentar a fidelidade dos clientes”.

Para além de mais conscientes na poupança, os consumidores estão também conscientes sobre as questões éticas. 74% afirma gastar mais em restaurantes e mercearias cujos produtos provenham de fornecedores com uma forte conduta de sustentabilidade, revelando que estão dispostos a pagar até mais 15% do valor habitual.

 

Fidelidade no sector

Ainda há um caminho a percorrer para que os retalhistas prestem mais atenção à fidelização. 82% dos inquiridos revela que gostaria de usufruir de descontos mais personalizados dos retalhistas onde faz compras frequentemente e 77% está disposto a descarregar a aplicação de um retalhista para receber melhores bónus ou recompensas de fidelização (um aumento de 11% comparativamente ao ano anterior).

Contudo, 75% dos compradores em Portugal considera que os retalhistas precisam de melhorar a forma como os incentivam à fidelidade.

Metade das empresas assume dificuldades em categorizar os compradores de acordo com as suas necessidades e não dispõem de uma base de dados funcional e centralizada.

 

Comércio unificado

No contexto do comércio unificado, onde acontece uma integração eficiente entre lojas físicas e online, proporcionar a melhor experiência ao cliente é a meta principal. Os dados revelam que 61% dos consumidores valoriza a conveniência das devoluções de compras realizadas online em loja. Da mesma forma, 63% dos consumidores procura a possibilidade de adquirir produtos esgotados em loja com a opção de envio ao domicílio.

Como resultado, as empresas estão a investir no comércio unificado. 17% dos retalhistas investe ativamente, 33% vai começar e 39% pensa em fazê-lo a curto prazo. O investimento no negócio parece também ser uma aposta frequente, já que 55% das empresas reportou estar numa posição melhor do que no ano anterior, devido à receita diversificada gerada pela operação em múltiplos mercados.

Esta análise ao sector alimentar e das bebidas evidencia “a complexidade da dinâmica do mercado atual e oferece, ao mesmo tempo, um guia para os retalhistas que decidem crescer e aproveitar as oportunidades do mundo contemporâneo”, sustenta a Adyen. “É importante quebrar os ciclos de vendas tradicionais e investir em estratégias flexíveis, como descontos personalizados e programas de fidelidade inovadores, para aumentar a fidelidade dos clientes e acompanhar a competitividade do mercado”.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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