Os desafios relacionados com a inclusão e a atual situação económica estão a ter impacto nas viagens de negócios, apesar da maioria dos colaboradores (92%) afirmar que o futuro da sua carreira depende do sucesso das viagens no decorrer dos próximos meses.
Esta é uma conclusão do estudo do SAP Concur, realizado pela Wakefield Research, entre 7 e 28 de abril, a 3.850 viajantes de negócios da região EMEA, entre outras, e 700 gestores de viagens globais em sete mercados (França, Hong Kong, México, Malásia, Singapura, Reino Unido e Estados Unidos).
A apetência pelas deslocações comerciais está a regressar, com mais de dois terços (67%) dos colaboradores a afirmarem que estão dispostos, nos próximos 12 meses, a viajar em trabalho, um aumento de 12% face ao ano anterior. Mesmo os mais indecisos (98%) estão dispostos a fazê-lo por motivos profissionais.
Na quinta edição do estudo anual “SAP Concur Global Business Travel Survey”, os colaboradores referiram as principais razões pelas quais as viagens de negócios são importantes: a manutenção de relações mais duradouras com os clientes atuais (42%) e o estabelecimento de relações com novos clientes (41%). No entanto, quase todos (92%) admitem que existem ameaças a este tipo de deslocação na sua empresa.
Economia está a afetar as viagens de negócios
A incerteza do contexto económico está a afetar as viagens de negócios para 86% dos colaboradores. 34% vê a inflação como a maior ameaça às suas viagens de negócios e 40% é afetado por orçamentos de viagens reduzidos.
Para quase um terço dos trabalhadores (31%), a economia fez com que empresas exigissem que ficassem em alojamentos de menor qualidade ou em zonas menos seguras.
Os gestores de viagens também referem os impactos inflacionários como o seu principal desafio para este ano, uma vez que provocam um aumento dos custos para a mesma quantidade de viagens (41%)
Viagens de negócios apenas são atribuídas a um determinado grupo de pessoas
62% dos viajantes profissionais sente que nem sempre teve, por razões relacionadas com a sua demografia, orientação sexual, aparência física ou condições de saúde, o mesmo tipo de oportunidades para efetuar viagens de negócios comparativamente com os seus colegas de trabalho.
31% dos viajantes de negócios LGBTQ+ acredita que nem sempre tem as mesmas oportunidades de efetuar viagens de negócios, como consequência da sua orientação sexual.
29% dos viajantes de negócios da Geração Z diz que não teve as mesmas oportunidades de viagens de negócios devido à sua idade
Já 23% das mulheres acredita que recebeu menos oportunidades de viagens devido ao seu género.
Reservas flexíveis e diretas são essenciais
98% dos gestores de viagens espera que as políticas de viagens vigentes nas suas empresas sejam, nos próximos 12 meses, alteradas e, destes, 38% acredita que isso acontecerá com o objetivo de satisfazer as necessidades dos viajantes, ao nível de terem acesso a opções flexíveis, como sejam a reserva direta com os fornecedores.
No entanto, a flexibilidade dos colaboradores nas reservas pode colidir com os esforços dos gestores para garantir a segurança e controlar os custos: para quase um terço dos gestores de viagens (31%), os viajantes que reservam diretamente são uma das maiores ameaças às viagens de negócios da sua empresa.
“Os benefícios comerciais e profissionais das viagens de negócios são cruciais para o sucesso dos colaboradores e das empresas“, afirma João Carvalho, Head of SAP Concur Southern Europe. “O nosso estudo realça o equilíbrio que as empresas devem procurar manter, a partir do momento que identificam e compreendem as necessidades de flexibilidade dos viajantes e as suas expectativas relativamente à diversidade e inclusão ou sustentabilidade, ao mesmo tempo que têm de saber gerir as políticas de viagens vigentes na empresa e as restrições orçamentais. As soluções profissionais de gestão de T&E oferecem uma variedade de opções que permitem a tão necessária flexibilidade sem comprometer a visibilidade e, ao mesmo tempo, apoiar os resultados financeiros“.
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