Vendas da Jerónimo Martins crescem 3,9% nos primeiros nove meses

Jerónimo Martins

O desempenho registado pela Jerónimo Martins nos primeiros nove meses do ano reflete os efeitos de mais de seis meses a operar num contexto de pandemia. As vendas consolidadas ascenderam aos 14,2 mil milhões de euros, num crescimento de 3,9% face ao ano anterior. O EBITDA cifrou-se nos 1.029 milhões de euros, 1,9% abaixo do registado no mesmo período de 2019.

Ao longo destes meses, a força do nosso balanço tornou possível que não perdêssemos, na urgência do curto prazo, a perspetiva do longo prazo e que nos mantivéssemos firmes nas prioridades estratégicas definidas”, afirma Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado do Grupo Jerónimo Martins. “Apesar da dureza dos tempos que vivemos, acredito que estamos hoje mais bem preparados do que há seis meses para lidar com as exigências da realidade de cada mercado e para continuar a crescer de forma sustentável. Estou consciente de que a incerteza permanece muito elevada e que o Natal, época tradicionalmente mais forte para o negócio alimentar, poderá estar este ano condicionado pelas restrições à mobilidade e pela falta de confiança e capacidade de compra de um consumidor cada vez mais sensível ao preço, derivado do momento único que se vive a nível mundial”, adverte.

 

Resultados

Na Polónia, apesar dos impactos da pandemia, as vendas da Biedronka cresceram 10,3% (em moeda local), com um “like-for-like” de 7,2%. De acordo com o grupo, o alargamento dos horários de funcionamento das lojas e a assertividade comercial permitiram ganhar quota de mercado nos primeiros nove meses do ano. Em resposta à situação atual, a Biedronka tem vindo a realizar diversas campanhas e ações promocionais, de que é exemplo a campanha focada em preço “Poupe Metade”, igualmente importante para fomentar o tráfego nas lojas e incentivar as visitas dos clientes, através de ofertas de um dia ou de fim-semana. Entre janeiro e setembro, foram produzidos 262 anúncios de televisão e lançados 209 folhetos comerciais.

Já a Hebe, que tinha sido muito impactada no segundo trimestre pelo encerramento dos centros comerciais, registou uma melhoria do desempenho operacional ao longo do terceiro trimestre, decorrente do levantamento das restrições à circulação. Neste contexto, as vendas da insígnia de saúde e beleza cifraram- se nos 180 milhões de euros, em linha com o resultado registado no mesmo período do ano passado. As vendas da loja online, que começou a operar em julho de 2019, continuam a assinalar um crescimento significativo. Dando continuidade à sua aposta neste canal, a Hebe lançou uma nova app e passou a assegurar entregas em duas horas, em algumas localizações.

Em Portugal, o ambiente de consumo manteve-se pressionado pelos efeitos da pandemia, com sinais claros de “trading down” no retalho alimentar. “O Pingo Doce esteve particularmente exposto à redução da circulação de pessoas (limite de cinco pessoas em simultâneo por cada 100 metros quadrados), quer pelo seu histórico de grande densidade de vendas e elevado número de visitas, quer pelo impacto que a ausência de tráfego tem nos restaurantes, cafés e na categoria de take-away da insígnia”, diz o grupo. Assim, entre janeiro e setembro, as vendas foram de 2,8 mil milhões de euros, menos 2,3% face ao mesmo período de 2019.

No Recheio, nos primeiros nove meses do ano, as vendas cifraram-se nos 639 milhões de euros, o que traduz uma redução de 15,6% face ao mesmo período de 2019. O desempenho continua a refletir a queda acentuada do canal Horeca, que representava mais de 35% das vendas totais do Recheio.

Finalmente, na Colômbia, a Ara aumentou as vendas, em moeda local, em 25,1%, incluindo um”like-for-like” de 9,8%. Em euros, as vendas cresceram 9,9% para 615 milhões de euros.

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