A Mintel anunciou as tendências principais que moldarão as indústrias globais de alimentos, bebidas e “food service” nos próximos 10 anos.
Segundo a consultora, espera-se ver os consumidores a darem ainda mais prioridade às plantas na sua dieta, com a saúde do planeta e a sua própria em mente. Desde cerveja feita a partir de pedaços de cereais rejeitados a recipientes elaborados com resíduos orgânicos de cogumelos, o desperdício alimentar abrirá o caminho para um consumo e inovação mais sustentáveis.
Os consumidores entenderão melhor o que os torna únicos, usando serviços de teste de saúde, aplicações com inteligência artificial e maior recolha de dados pessoais. Enquanto isso, como se espera que vivam mais tempo, muitos desejam aprender como a sua dieta pode beneficiar a saúde cognitiva a longo prazo.
As marcas vão usar ciência e tecnologia para criar novos produtos, reduzir o tempo de produção e reforçar a confiança. Novas regiões produtoras de ingredientes, como as da África e Índia, e inovações agrícolas, incluindo quintas flutuantes, surgirão para combater a insegurança alimentar global.
“Os consumidores recompensarão as marcas que agirem e melhorarem importantes questões sociais. As empresas vencedoras nos próximos 10 anos serão as que impulsionarão a nova era do consumo consciente. Os consumidores conscientes de amanhã procurarão embalagens e produtos ecológicos, além de orientações sobre como tornar as suas dietas mais sustentáveis”, afirma Alex Beckett, consultor da Mintel Food & Drink. “Olhando para o futuro, mais consumidores poderão adquirir conhecimento aprofundado sobre a sua biologia por meio de kits de testes de saúde pessoais que os capacitarão a personalizar a sua dieta. A análise dessas ferramentas informará os consumidores sobre as etapas que precisam passar para lidar com todos os aspetos da sua saúde, incluindo o bem-estar emocional. Como resultado, para ter sucesso na próxima década, as marcas vão ter que disponibilizar ofertas de produtos mais personalizadas”, acrescenta.
A ciência andará de mãos dadas com a cadeia de abastecimento de alimentos para aumentar a produtividade e combater as mudanças climáticas. “Celebrar os benefícios sustentáveis, de saúde e de custo dos alimentos cultivados em laboratório será crucial para educar os consumidores sobre alternativas idênticas à natureza. Mas a indústria de alimentos e bebidas será obrigada a elevar o papel da natureza e dos seres humanos na narrativa dessas novas e modernas soluções. A transparência das informações é essencial para criar confiança num futuro em que os cientistas desempenham um papel tão integral quanto os agricultores”, conclui.