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Startup portuguesa conquista 3.º lugar na final global do Chivas Venture

Dos 20 finalistas globais da competição do Chivas Venture, Portugal esteve, pela primeira vez, presente no pitch da final. Hugo Menino Aguiar levou a startup SPEAK e apresentou o projecto que quebra as barreiras culturais, ao reduzir a marginalização de migrantes através de redes informais de partilha linguística e cultural.

Portugal alcançou o terceiro lugar na final e, ainda, o quarto lugar na votação online, que decorreu nas semanas anteriores, arrecadando, assim, um fundo de 110 mil dólares. “Tivemos a oportunidade de levar o tema de inclusão social a um palco mundial com bastante visibilidade, é um privilégio e algo raro. Com este prémio, vamos conseguir dar suporte a 10 pessoas migrantes ou refugiadas a abrirem o SPEAK nas suas novas cidades, criarem o seu próprio emprego e conseguir impactar mais oito mil pessoas anualmente nessas cidades”, afirma o co-fundador e CEO da SPEAK.

A startup mexicana Xilinat foi a grande vencedora da noite, recebendo 310 mil dólares. Na tentativa de transformar a indústria do açúcar, a Xilinat converte o desperdício agrícola num substituto natural deste ingrediente, que parece e sabe ao mesmo, mas com um baixo teor calórico. Com esta solução, a startup vencedora ajuda a combater a obesidade, proporcionando uma alternativa sustentável para os diabéticos e todos os que procuram ter um estilo de vida mais equilibrado.

A final global, apresentada pelo ator e vencedor de um BAFTA, Richard Ayoade, foi o culminar da quinta edição do Chivas Venture. Ao longo dos quartos-de final e semifinais, as startups selecionadas foram avaliadas até chegarmos às cinco grandes finalistas que, tiveram apenas três minutos para impressionar o painel de jurados e ainda uma audiência que contou com profissionais da tecnologia, investidores e empreendedores.

O painel de jurados, que incluía a atriz e empreendedora Zoe Saldana, Alexandre Ricard, presidente e CEO da Pernod Ricard, empresa detentora da marca de whisky escocês Chivas Brothers, Cemal Ezel, fundador da Change Please e vencedor global do Chivas Venture 2018, e Sonal Shah, economista, fundador e diretor executivo da The Beeck Center for Social Impact + Innovation na Universidade de Georgetown, avaliou cada startup com base na sua capacidade para promover uma mudança sustentável através de um modelo de negócio viável e com potencial de expansão.

Desde o início da competição, há quatro anos, o Chivas Venture doou quatro milhões de dólares em financiamento e os finalistas da competição já impactaram mais de dois milhões de pessoas, em 50 países de seis continentes. As startups apoiadas pela Chivas já conseguiram promover grandes mudanças, incluindo o fornecimento de mais de 34 milhões de litros de água potável, reciclando 1.300 toneladas de desperdício e ajudando mais de 2.500 famílias de agricultores a sair da pobreza.

A crença da Chivas em combinar ambição e generosidade e usar o sucesso para melhorar a vida dos outros foi incutida no século XIX pelos irmãos fundadores, James e John Chivas. Nos dias de hoje, esta filosofia é mantida viva através de iniciativas como o Chivas Venture. “O Chivas Venture é muito mais do que uma competição, trata-se de um acelerador para startups sociais que combinam lucro com um propósito. O impacto de todos os nossos finalistas e, em particular, do nosso vencedor, Xilinat, será sentido em todo o mundo. O Chivas Venture é um verdadeiro reflexo do espírito dos irmãos fundadores da marca e eu não poderia estar mais orgulhoso do impacto que tem tido até hoje”, afirma Alexandre Ricard.

Além da portuguesa SPEAK e da vencedora Xilinat, as restantes startups que chegaram até ao final da competição internacional e receberam um fundo significativo foram a Syntoil da Polónia (250 mil dólares), que oferece uma solução para o problema ambiental dos resíduos de borracha de pneus usados, a Tykn, da Holanda (50 mil dólares), que aproveita a tecnologia blockchain para proteger os imigrantes e lhes garante acesso a ajuda humanitária, e a Copia dos Estados Unidos da América (50 mil dólares, que combate a fome e o desperdício de alimentos, ao criar uma plataforma tecnológica que ajuda as empresas a medir e doar o seu excedente alimentar para compensação financeira.

 

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