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Seis em cada 10 empresas em regime de teletrabalho

58% das empresas portuguesas mantinham pessoal em teletrabalho, na última semana, quando ainda se mantinha em vigor o estado de emergência em vigor, de acordo com os últimos dados de inquérito do INE e do Banco de Portugal para acompanhamento da situação económica devido à pandemia.

O recurso ao teletrabalho prevalece nas grandes empresas e nos sectores menos dependentes de trabalho presencial e contactos pessoais, como o sector da informação e comunicação, com uma percentagem de 84% dos quadros em teletrabalho. No extremo oposto, o alojamento e restauração registam apenas 35% de empresas com trabalhadores em teletrabalho.

Os resultados do inquérito destacam que “o teletrabalho foi alternativa à redução do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar nas empresas, nos casos em que tal foi possível e aplicável” e que “51% das empresas que reportaram não ter pessoas em teletrabalho reportaram igualmente uma redução do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar”.

Os sectores de transportes e armazenagem e outros serviços também registam das percentagens mais elevadas com trabalho remoto, 76% e 77%, respetivamente, seguindo-se a indústria e energia (61%), a construção e atividades imobiliárias (53%) e o comércio (47%).

Foram as grandes empresas aquelas que tiveram maior capacidade beneficiar do teletrabalho, com 93% dos negócios em atividade a partir de casa. A percentagem cai nas médias empresas para 73%, nas pequenas para 48% e nas microempresas fica em 30%.

Os dados apontam ainda que as empresas com perfil exportador recorreram mais à atividade remota (72%) que os restantes negócios do país (53%).

 

Quebras no volume de negócios

Com 84% das empresas a manterem-se em funcionamento, mesmo que parcialmente, ligeiramente acima do inquérito da semana anterior, 79% reportou quebras de volume de negócio.

Já as reduções de pessoal foram indicadas por 57% das empresas, apoiadas em mais de metade desses casos pelo recurso ao lay-off simplificado.

No que diz respeito às restantes medidas de apoio criadas pelo Governo para lidar com os efeitos económicos da pandemia, a percentagem de empresas que está a beneficiar delas subiu um pouco, embora se mantenha ainda reduzida. A suspensão do pagamento de impostos e contribuições para a Segurança Social terá beneficiado 16%, as moratórias da banca chegaram a 13 e as linhas de crédito bonificadas atingem 4%.

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