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Sector mundial do vinho reunido no Porto para combater impacto das alterações climáticas

Como monitorizar os desperdícios de água, minimizar as emissões de CO2, aumentar a produtividade dos terrenos e da vinha, reduzindo custos e a pegada ecológica, são algumas das questões que estarão em debate nos dias 6 e 7 de março, na Alfândega do Porto.

Especialistas de todo o mundo reúnem-se para partilhar experiências e debater soluções sobre como prevenir e colmatar os efeitos das alterações climáticas. É o caso de André Roux, diretor de Sustentabilidade no Departamento de Agricultura da região de Western Cape e mentor do programa FruitLook, uma tecnologia sustentada por satélite que trabalhada segundo um complexo sistema algorítmico e que permitiu poupar entre 10% a 30% de água usada em monoculturas sul-africanas, onde o vinho é o principal beneficiário.

Também Miguel Torres, presidente da Bodegas Torres, estará presente na Alfândega do Porto para falar do plano Torres&Earth. Entre 2008 e 2017, este plano permitiu reduzir as emissões de CO2 por garrafa em 25,4%, havendo já o objetivo de chegar aos 30% em 2020. Esta e outras metas de compromisso ambiental  na produção dos seus vinhos contribuíram para que, pelo segundo ano consecutivo, a Bodegas Torres fosse considerada a Marca de Vinhos Mais Admirada do Mundo pela publicação Drinks International, um feito único na Europa.

No feminino destacam-se as vozes de Margareth Henriquez e de Cristina Mariani-May.Margareth Henriquez acumula uma experiência de mais de 40 anos no mercado, 29 dos quais como presidente ou CEO de multinacionais das áreas de Food&Drinks. É, desde 2009, a CEO da The House of Krug e, desde 2017, presidente da Moët Hennessy Estate & Wines. Já a italiana Cristina Mariani-May é CEO da importadora americana Banfi Vitners e proprietária da empresa Castello Banfi, da região de Montalcino, na Toscânia, a primeira empresa vinícola do mundo a receber o reconhecimento internacional pela sua conduta de responsabilidade ambiental, ética e social.

Destaque ainda para nomes como o chileno Gerard Casaubon, diretor do Centro de Pesquisa e Inovação da produtora vinícola Concha Y Toro, a única empresa de vinhos do mundo que figura no Dow Jones Sustainality Index; o espanhol Carlos Cósin, CEO da Almar Water Solutions; a americana Katie Jackson, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos externos da Jackson Family Wines, uma das maiores empresas de vinhos dos Estados Unidos, reconhecida pela foco em práticas de viticultura sustentáveis e gestão responsável de recursos naturais; a inglesa Linda Johnson-Bell, fundadora do The Wine and Climate Change Institute de Oxford; o chileno Alejandro Fuentes Espinoza, diretor de Viticultura da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho; os portugueses António Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, e António Graça, diretor do Departamento de Investigação & Desenvolvimento da Sogrape.

A Climate Change Leadership culminará na segunda edição da Summit, na tarde de dia 7 de março, quinta-feira, onde se destaca a intervenção de Al Gore. O prémio Nobel da Paz em 2007 e ex-vice presidente dos Estados Unidos vai partilhar a sua experiência enquanto pioneiro do The Climate Reality Project, uma organização sem fins lucrativos orientada para a educação ambiental, e abordar os objetivos do The Porto Protocol, assinado por mais de 100 membros, como, por exemplo a Marks&Spencer, a The Family Coppola Wines, a Symington Family Estates, a Toyota, a BA vidros, a Taylor’s e a Bial, entre outros.

Os bilhetes para todo o evento podem ser adquiridos pelo preço de pré-venda de 600 euros mais IVA. Após o dia 22 de fevereiro, o bilhete passará a custar 750 euros mais IVA. O evento tem lotação limitada, pelo que se recomenda a compra antecipada aqui.

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