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Rússia vai terminar 2019 em forte desaceleração

A Crédito y Caución prevê que o crescimento do PIB russo, em 2019, seja inferior a 1%, o que significará uma importante desaceleração face aos 2,3% alcançados em 2018.

A inflação associada ao aumento do IVA de 18% para 20%, as deficiências estruturais e os efeitos negativos das sanções dos Estados Unidos da América e da União Europeia sobre a produtividade e o investimento vão afetar a expansão económica russa. A seguradora de crédito acredita que as insolvências irão aumentar 4%, em 2019, afetando principalmente as empresas que sofram com a diminuição do poder de compra dos consumidores.

Desde o rebentar da crise ucraniana, no início de 2014, o relacionamento da Rússia com a União Europeia e com os Estados Unidos deteriorou-se. Em especial, após a imposição de sanções como o congelamento de ativos russos, a proibição de viagens, o acesso limitado ao mercado de capitais e restrições à exportação de certos produtos, incluindo tecnologias de uso duplo e equipamentos de alta tecnologia para a indústria petrolífera. A Rússia impôs sanções retaliatórias à importação de alimentos e produtos agrícolas da União Europeia, dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Noruega.

Em 2020, o PIB da Rússia deverá crescer menos de 2%, num contexto em que a possibilidade de um novo endurecimento das sanções ou uma escalada das tensões geopolíticas representam riscos negativos. A procura interna vai continuar a suportar o crescimento, mas o declínio dos salários reais pesa na expansão. As perspetivas de taxas de crescimento mais elevadas e sustentáveis, a médio prazo, mantêm-se diminutas.

Em 2019, o banco central russo cortou a taxa de juro de referência por várias vezes, o que deverá apoiar o endividamento. No entanto, uma queda no preço do petróleo ou a imposição de novas sanções podem levar a uma política monetária mais rígida que suavize a desvalorização do rublo. A economia russa continua fortemente dependente do petróleo e do gás, que representam 57% das exportações e 45% das receitas do governo federal. O corte nos gastos públicos e o aumento dos preços do petróleo geraram um superávit orçamental de 3% do PIB, em 2018. Em 2019 e 2020, são esperados superávits anuais e é provável que o aumento das receitas por via do IVA compense qualquer défice causado por uma menor procura interna. Prevê-se que a dívida pública permaneça baixa, em torno dos 13% do PIB.

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