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O sector de bens de consumo enfrenta um momento de viragem: após décadas de crescimento sustentado, 2024 marcou uma queda nos volumes reais e uma desvalorização nos múltiplos de mercado, segundo o relatório “Navigating the Consumer Reset: Five Imperatives for the Next Decade” do Boston Consulting Group (BCG).
As empresas que quiserem sobressair no próximo ciclo terão de atuar rápido e construir cinco capacidades fundamentais nos próximos 12 a 18 meses.
Dos volumes aos valores
O estudo destaca que o crescimento impulsionado pelo consumo em massa deu lugar a uma nova realidade. Em muitos mercados, as vendas subiram apenas graças ao aumento de preços, enquanto os volumes reais caíram. O sentimento do consumidor está frágil, a inflação persiste, o rendimento disponível retraiu e as cadeias de abastecimento continuam sob pressão.
As empresas têm agora de escolher entre três caminhos – volume play, cost play ou portfolio reset – e alinhar recursos, métricas e modelo operacional com esse trajeto.
Capacidades a dominar
Independentemente da estratégia escolhida, o relatório destaca cinco capacidades que as empresas de consumo devem dominar. A primeira é definir claramente o seu modelo de valor e agir em consequência (escolha do arquétipo – volume, custo ou portefólio – e compromisso interno claro).
A segunda é acelerar a digitalização da relação com o consumidor, através da personalização, dados, teste e aprendizagem rápida.
As empresas devem ainda otimizar a carteira de marcas e categorias, abandonando o que não contribui para o core e reforçando as adjacências selecionadas.
Outra estratégia é reforçar a eficiência, produtividade e agilidade do modelo industrial e da cadeia de valor, simplificando a oferta, reduzindo os custos e reconfigurando as operações.
Finalmente, devem construir novos momentos de consumo e mercados, através da identificação de rotas de crescimento fora do tradicional, em geografias ou segmentos emergentes.
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