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Redução temporária do IVA permitiria a manutenção de 46 mil postos de trabalho

consumo fora de casa

O “Estudo do Impacto da redução temporária da taxa do IVA no sector da Restauração e Similares”, solicitado pela AHRESP à PwC, conclui que a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas ajudaria a manter até 46 mil postos de trabalho e a contribuir para a sobrevivência das empresas.

A pandemia de Covid-19 veio impactar drasticamente toda a economia mundial, particularmente as atividades da restauração e bebidas e do alojamento turístico, e Portugal não foi exceção. Desde março que os sectores têm vindo a registar perdas consecutivas e, no mais recente inquérito mensal da AHRESP, reportado a setembro, 40% das empresas da restauração já despediram desde o início da pandemia e 18% assume que não vai conseguir manter a totalidade dos postos de trabalho, até ao final de 2020. Perante as perdas de faturação acima de 40%, registadas por mais de 63% das empresas, 32% dos agentes económicos demonstraram intenção de insolvência.

Face a este cenário de grave crise financeira nos sectores da restauração e bebidas e do alojamento turístico, e como medida de apoio indireto à tesouraria das empresas, a AHRESP tem vindo a defender a aplicação temporária, pelo período de um ano, da taxa reduzida de IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas. De acordo com o estudo da PwC, a redução da taxa do IVA permitira reter 606 milhões de euros na tesouraria das empresas, sustendo a perda de até 46 mil postos de trabalho e 10 mil empresas.

Este investimento do Estado seria compensado em cerca de 516 milhões de euros, por via de receita de IRS, TSU e redução de despesa com subsídio de desemprego. Desse modo, indica a AHRESP, o esforço público financeiro líquido indicativo não ascenderia a mais de 90 milhões de euros, para permitir a manutenção de mais de 17% do emprego do sector.

No mesmo estudo é ainda feito um levantamento sobre os países que já optaram pela redução do IVA, como é o caso de Alemanha e Inglaterra, mas também a Bélgica, a Grécia, Chipre, Bulgária e Lituânia.

Entre as medidas que a AHRESP considera essenciais para a manutenção dos mais de 267 mil postos de trabalho da responsabilidade das empresas de restauração e bebidas estão, além da descida temporária do IVA, a atribuição de incentivos não reembolsáveis (ao invés de empréstimos bancários), uma verdadeira campanha de dinamização do consumo, a isenção de impostos e contribuições sociais, a isenção das rendas e. ainda, o urgente e específico apoio às atividades de animação noturna, encerradas há oito meses por imposição legal.

Para apresentar o estudo e em sequência da proposta de Orçamento de Estado para 2021, a AHRESP irá solicitar, com carácter de urgência, reuniões ao Governo e a todos os grupos parlamentares para que, em sede de especialidade, se possam aplicar as medidas estruturantes para a sobrevivência dos negócios e a manutenção de milhares de postos de trabalho.

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