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Redes sociais influenciam hábitos alimentares

Foto Shutterstock

Um estudo da Universidade de Aston, em Birmingham, no Reino Unido, apurou que os utilizadores de redes sociais modificam a sua dieta consoante o que comem as pessoas que seguem.

Os participantes neste estudo comeram mais fruta e legumes se pensavam que as pessoas que seguiam também o faziam. Mais concretamente, no Facebook, os utilizadores comeram um terço mais de fast food e beberam bebidas açucaradas ao crerem que as pessoas em seu redor também o consumiam.

Para chegar a esta conclusão, foi pedido aos participantes no estudo que estimassem a quantidade destes alimentos comida pelas pessoas que seguiam com base nas suas publicações. Esta informação foi cruzada com os hábitos reais de consumo dos participantes, mostrando-se que aqueles que sentiam que o fast food tinha a aprovação do seu círculo social consumiam mais. “O contexto que nos rodeia nas redes sociais influencia mais do que pensamos no momento de decidir o que comer. Inconscientemente, fixamo-nos no comportamento dos outros para tomar decisões”, explica Lily Hawkings, responsável pelo estudo. “Assim, se acreditarmos que os nossos amigos estão a comer frutas e legumes, é mais provável que façamos o mesmo. E se acreditarmos que são saudáveis a comer fast food, isso legitima que também o façamos”.

A comida é um dos conteúdos mais partilhados nas redes sociais, designadamente no Instagram, onde as celebridades e influenciadores partilham o que e onde comem. Sucedeu em2015, quando várias figuras públicas começaram a publicar fotos a tomar um sumo verde, que prometia ajudar a perder peso, eliminar as toxinas e iluminar a ele. Uma moda que rapidamente foi seguida por muitos anónimos, que também partilharam os seus testemunhos.

Contudo, o que preocupa os investigadores é que este efeito vai além das modas e afeta mesmo o estilo de alimentação. Um estudo conduzido em 2018 concluiu que as crianças consumiam mais 300 calorias adicionais depois de verem os youtubers a comerem alimentos menos saudáveis. A Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, levou a cabo outra investigação onde concluiu que os participantes que passavam mais tempo nas redes sociais diziam ter problemas com a sua imagem corporal e hábitos alimentares. “Tendo em conta que as crianças e os adolescentes passam tanto tempo a interagir com outros utilizadores das redes sociais, os avanços neste estudo podem contribuir para desenhar intervenções para os ajudar a adotar hábitos de consumo mais saudáveis”, conclui Claire Farrow, diretora do grupo de Investigação Aplicada à Saúde da Universidade de Aston.

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