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Quota das vendas online nos supermercados europeus chegará a 10% em 2025

Foto Shutterstock

A penetração das vendas feitas através da Internet no sector da distribuição na Europa Ocidental chegará aos 10% em 2025, valor que compara com os 3,8% de 2019.

Além disso, prevê-se que em alguns dos principais mercados europeus esta quota duplique, entre 2020 e 2025.

Os dados são da consultora Bain & Company, que antecipa que, apesar da flexibilização das medidas de confinamento decretadas para conter a Covid-19, entre 35% e 45% de aumento do consumo online em 2020.

 

Aceleração do online

Todos os mercados analisados experimentaram uma aceleração da quota do canal online, equivalente ao crescimento de dois a cinco anos.

Para a grande maioria dos supermercados, as entregas ao domicílio são estruturalmente menos rentáveis que as vendas nas lojas físicas, o que poderá diluir os lucros no sector alimentar se não se tomarem medidas para melhorar a rentabilidade dos canais online. “Hoje em dia, muitos poucos retalhistas ganham dinheiro com o seu canal online. Este crescimento nas compras online é positivo em termos de volume e quota de mercado e de cliente, mas, no modelo atual, mau para a rentabilidade”, afirma Ignacio Ortero, partner na Bain & Company.

 

Sustentar a rentabilidade

Os retalhistas que optarem por não ampliar e melhorar o seu canal online evitarão a erosão da sua margem, a curto prazo, mas a falta de uma infraestrutura digital torná-los-á pouco competitivos a longo prazo. Os supermercados deverão fazer uma reforma estrutura, para evitar ver a sua rentabilidade cair entre 50 e 80 pontos base durante os próximos cinco anos.

Os supermercados podem defender-se otimizando a sua rede omnicanal, diversificando os fluxos de receita e eliminando os canais não sustentáveis. As empresas do sector também devem considerar associar-se ou adquirir a experiência necessária através de fusões e aquisições, como forma de acelerar o progresso. O investimento em tecnologia representa um gasto de capital significativo e terá de ser alocado fazendo concessões noutras áreas. “As empresas de distribuição não têm alternativa: ou desenvolvem um canal online rentável, mas com uma proposta de valor atrativa para o comprador final, ou perdem quota de mercado e pioram ainda mais a sua rentabilidade, já que têm que cobrir a sua estrutura de custos fixos. A boa notícia é que, embora não seja fácil, existem vias para o fazer”, conclui André Carvalho, partner na Bain & Company.

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