in

“Pretendemos abrir 20 a 30 lojas em Portugal, nos próximos anos”

Há dois anos em funcionamento com um conceito diferenciador, a Sopa no Pão encontra-se a abrir as portas do seu conceito de restauração ao franchising e está atenta às oportunidades que, através dessa modalidade de negócio, o mercado vizinho proporciona. Com metas ambiciosas para os próximos anos, Philipp Wernze, um dos sócios-gerentes da Sopa no Pão, antecipa a abertura de 20 a 30 lojas como um dos grandes objetivos a atingir pela marca que concilia dois produtos transversais na gastronomia nacional.

 

Grande ConsumoQue balanço podem fazer destes dois anos de atividade?

Philipp WernzeFazemos um balanço positivo destes dois anos de atividade em que entrámos no mercado da restauração nacional com um produto completamente novo e diferenciador. Conseguimos vender, durante esse período, 100 mil refeições de Sopas no Pão. Como pioneiros, tivemos de criar a curiosidade, no consumidor português, em experimentar um novo produto, o que resultou, posteriormente, na abertura de dois novos espaços, no segundo ano de atividade, e na obtenção do prémio “Melhor Streetfood de Portugal”, atribuído pela organização “streetfood Portugal “, no Estoril.

 

GC – O que os levou a apostar neste conceito de negócio?

PW Tivemos a visão de criar um conceito novo e único, sustentável e muito apreciado pelos portugueses. A sopa e o pão são, normalmente, produtos naturais e artesanais com muita tradição e história, talvez por essa razão, o produto final tenha sido tão apetecível. A nossa marca foi criada para revolucionar os dois produtos, porque oferecemos não só as sopas tradicionais como as inspiradas em sabores internacionais.

A nossa tigela de pão é feita de pão fresco que, além de ser funcional como prato, é comestível, fofinho e bem saboroso. Conseguimos, assim, criar um prato com dois produtos com tanto significado para os portugueses, quase sem quebras, o que leva a que não haja perda de matéria-prima.

 

GC – Quais são os objetivos associados à implementação da nova imagem?

PWPretendemos apresentar uma nova imagem, mais leve e dinâmica, que reflete o crescimento e inovação da marca, sem que seja alterado o seu conceito. As cores são mais suaves e contrastantes, inspiradas em tons da natureza, para criar uma atmosfera vibrante e envolvente, indicada para espaços de restauração, e que, ao mesmo tempo, enquadrem a frescura dos produtos orgânicos e naturais, utilizados na confeção dos pratos do restaurante. Foram também criadas ilustrações originais, que remetem paras as cores e sabores da marca, garantindo o seu reconhecimento imediato e criando uma linha gráfica dinâmica, com grande impacto. Desta forma, o cliente fica com uma expectativa mais clara do que pode encontrar nos nossos restaurantes.

 

GC – Qual é a meta estabelecida para o plano de expansão? Quantas lojas gostaria de ver abertas com a sua marca?

PW Pretendemos abrir 20 a 30 lojas em Portugal, nos próximos anos. Espanha terá uma maior capacidade e poderá ter espaço para cerca de 50 lojas. Já no próximo mês de maio, vamos estar presentes na Feira Internacional de Franquias, em Madrid, para analisar as possibilidades de estar também presentes no mercado espanhol.

Sendo os fundadores da marca alemães, acreditamos que o conceito é auto-explicativo, ou seja, a ideia é facilmente percetível, pois todos os portugueses conhecem a tradição de comer sopa com pão. Deste modo, criando um conceito de sucesso, acreditamos que estamos a lançar um modelo que pode ser divulgado na Europa, Inglaterra, Alemanha, mas também em alguns países africanos ou mesmo no Brasil. Também já tivemos clientes de Nova Iorque (EUA), que nos sugeriram abrir uma loja lá. Acreditamos que, passo a passo, o conceito poderá chegar a vários países.

 

GC – A que se deve a abertura da marca ao conceito de franchising? Porquê agora e não antes?

PWComo já referimos, fomos pioneiros e criámos um mercado que não existia – a elaboração das receitas das sopas. O processo da própria panificação, assim como a criação e definição dos standards dos procedimentos alimentares levou cerca de dois anos, com vários testes no mercado. Apenas assim foi possível ter o conhecimento necessário para ser uma franchisadora forte com procedimentos estabelecidos que podem ser passados aos nossos parceiros franchisados.

 

GC – Como é que as food truck e as bike soup se encaixam na estratégia da marca?

PW O nosso conceito é adaptável a espaços pequenos devido à fácil funcionalidade. Antes da abertura do nosso primeiro restaurante, tivemos uma presença em frente ao El Corte Inglés em Lisboa, onde colocámos uma das nossas bicicletas e fizemos as primeiras experiências. O nosso conceito encaixa muito bem em eventos de street food porque, normalmente, nestes espaços encontramos apenas fast food, como hambúrgueres, cachorros ou pregos. A nossa comida é servida muito rapidamente, os nossos pratos têm muita qualidade e são cozinhados com o tempo e processos necessários para que os alimentos mantenham a frescura e sejam nutritivos.

Já participámos em grandes eventos como o Web Summit ou o jubileu da fundação Aga Khan, as nossas bicicletas podem ser colocadas em todos os locais, independentemente do tamanho dos espaços e da existência de água, eletricidade ou gás. A recetividade tem sido ótima ,pois o produto comercializado destaca-se pela sua qualidade e singularidade.

 

GC – O que é a Sopa no Pão traz de diferenciador no universo da restauração?

PWO seu conjunto, que junta dois produtos tradicionais de uma forma completamente inovadora. Um dos fatores importantes é o facto de não haver quebras, visto que os clientes normalmente comem todo o pão e a sopa. Isto significa que, juntamente com as nossas técnicas utilizadas durante a produção, não há perdas alimentares porque o nosso “food waste” é quase nulo.

 

GC – O que seria um bom exercício de 2020 para a marca?

PWConseguir a venda de 100 mil refeições Sopa no Pão e a abertura de cinco a sete restaurantes franchisados.

Será que os portugueses subscrevem canais desportivos?

H&M vai fazer entregas de bicicleta