A imposição de tarifas comerciais após uma saída não negociada da União Europeia poderá elevar o preço de alguns alimentos no Reino Unido em mais de 40%, segundo o British Retail Consortium (BRC).
O grupo de retalhistas sublinha que 90% das alfaces, 80% do tomate e 70% da fruta comercializada no Reino Unido são produzidas na União Europeia ou chegam às ilhas britânicas através de algum dos ouros 27 Estados-membros. “As nossas cadeias de abastecimento estão profundamente integradas, com ingredientes alimentares que procedam tanto da República da Irlanda como da restante União Europeia”, assinalou à agência local PA o assessor de política internacional do BRC, William Bain. “Os nossos membros continuam a trabalhar arduamente para planear qualquer possível eventualidade, mas a incerteza atual está a prejudicar a nossa indústria e tem um impacto nos nossos consumidores”.
O grupo empresarial calcula que um Brexit duro pode representar tarifas de 42% na importação de queijo cheddar, 40% na de carne de vitela, 21% na de tomate e 15,5% na de maçãs.