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Portugueses utilizam mais marmita, comem menos carne e mais alimentos biológicos

Foto Shuttertock

Em defesa do ambiente, 40,7% dos portugueses reaproveitou refeições ao levar marmita para o local de trabalho, 32,1% comprou e consumiu menos carne e 24,2% adquiriu mais alimentos biológicos ou de agricultura sustentável. Estes são alguns dos resultados do III Grande Inquérito Nacional de Sustentabilidade Missão Continente/ICS-ULisboa.

Promovido pela Missão Continente e com coordenação científica do OBSERVA/ICS-ULisboa, o III Grande Inquérito Nacional de Sustentabilidade dá continuidade aos dois inquéritos anteriores (2016 e 2018) e aborda temáticas relacionadas com a alimentação, o desperdício alimentar, a economia circular e rastreabilidade dos produtos, a inclusão social, a produção nacional, a sustentabilidade ambiental e o consumo consciente.

De entre as restantes medidas que os inquiridos têm adotado em defesa do ambiente, destacam-se ainda a substituição de lâmpadas normais por lâmpadas de baixo consumo (63,4%), a redução do consumo de produtos descartáveis (48,9%), a redução de resíduos e a separação para reciclagem (48,5%) e o cultivo de uma horta (22,2%).

 

Diminuição do consumo de carne

Comparando com os dados de 2018, o inquérito registou uma diminuição do consumo de carne e o aumento da importância das refeições de base vegetal, que já ultrapassa as duas refeições, em média, por semana. As mulheres consomem mais refeições à base de vegetais do que os homens e as pessoas com maior escolaridade e com rendimentos mais confortáveis tendem a ter hábitos de consumo mais saudáveis, ingerindo menos carnes com gorduras saturadas e preferindo as carnes brancas.

52,4% dos inquiridos, sobretudo os mais jovens, consideram o desperdício alimentar um dos aspetos mais preocupantes do consumo alimentar, seguido do excesso de açúcares ou gorduras nos alimentos (36,2%) e da presença de pesticidas nos hortofrutícolas e cereais (23,9%).

Em relação aos critérios considerados mais valorizados na compra dos alimentos, refere-se a frescura (92%), o sabor (89%), o preço justo (87%), o prazo de validade (84%), ser saudável (84%) e o bom aspeto (84%).

 

Frequência de espaços de lazer e consumo

Depois da pandemia, os inquiridos aumentaram a frequência de espaços de lazer e consumo, nomeadamente idas à praia (de 65,3% para 94,7%), caminhadas ao ar livre (de 64,3% para 96,5%) e refeições em conjunto na sua casa ou de amigos e familiares (73,4% para 97,8%).

Sobre as possíveis ações a desenvolver no domínio da alimentação escolar, 62,6% concorda com a proibição da venda de alimentos pouco saudáveis num raio de 500 metros das escolas. São os jovens (menores 25 anos) que menos concordam com as medidas de intervenção na alimentação escolar.

46,7% dos portugueses considera os incêndios florestais um dos problemas ambientais mais graves no país, seguidos da escassez de água (31,8%), das alterações climáticas (27,9%) e desperdício alimentar (27,9%). Comparativamente a 2018, os portugueses aumentaram a preocupação relativamente a estes três pontos.

 

Orçamentos familiares

Mais de metade dos portugueses (54%) tem uma opinião negativa sobre a distribuição da riqueza em Portugal. 62,2% dos portugueses sente-se pessimista em relação ao acesso à habitação e 46,9% demonstra apreensão na capacidade de suportar os consumos domésticos nos próximos cinco anos.

Se houvesse um aumento no orçamento familiar, a maioria dos portugueses (42,3%) aproveitaria para poupar, seguida de quase um terço (31,8%) que investiria mais em férias e cuidados de saúde (30,8%). Esta última categoria tinha sido a mais assinalada no inquérito anterior, com 51% de respostas, e a terceira mais assinalada em 2016, com 41%.

Os portugueses acreditam que o país deve investir mais nos sectores da educação/formação (48,4%), ambiente (35,3%) e energias renováveis (31,5%). Segue-se a agricultura (29,7%), que ainda reserva um lugar favorável neste ranking, embora menos do que no primeiro inquérito em 2016, sobretudo quando comparada com as restantes atividades económicas.

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