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Portugal puxa pelos resultados da Auchan Retail

A Auchan Holding regressou aos lucros, no primeiro semestre. Entre janeiro e junho, o grupo francês obteve um lucro líquido de 106 milhões de euros, o que compara com o prejuízo de 1.334 euros reportado um ano antes. O EBITDA cresceu 3,7%, para os 1.362 milhões de euros.

A faturação do grupo totalizou 22.457 milhões de euros na primeira metade do ano, o que representa uma descida de 2,2%, em relação ao mesmo período do exercício anterior.

 

Auchan Retail como motor de crescimento

“O desempenho da Auchan Retail compensou as dificuldades registadas pelo negócio imobiliário”, analisa Edgar Bonte, CEO da Auchan Holding.

De facto, as vendas do negócio de retalho atingiram os 22.253 milhões de euros, menos 1,8%, se bem que, numa base comparável, e eliminado a parte dos combustíveis, a evolução foi positiva em 0,8%. O EBITDA cresceu a duplo dígito (14,9%), para os 1.248 milhões de euros.

O grupo atribui esta descida na faturação à queda na venda de combustíveis e à redução das rendas nos centros comerciais na Ásia, uma atividade integrada na operação de retalho, consequência direta da pandemia. As divisas tiveram também um efeito negativo de 185 milhões de euros.

 

Crescimento do e-commerce

Após o crescimento sustentado no primeiro trimestre, as medidas de confinamento levaram a uma importante queda no tráfego nos hipermercados, parcialmente compensada pela maior cesta média e por um crescimento substancial no e-commerce. De facto, as vendas online passaram a representar 11% do total, mais 3,7 pontos face ao período homólogo de 2019.

A Auchan reconhece que este progresso foi visível em todos os países, independentemente da sua maturidade digital. Só em abril, as vendas online cresceram 85%.

 

Portugal com forte recuperação

Após o confinamento, alguns países, e com destaque para Portugal e Espanha, experimentaram uma forte recuperação das vendas, particularmente, fruto do aumento do não alimentar. Na região do sul da Europa, as vendas comparáveis, excluindo o combustível, cresceram 4,9% no primeiro semestre, impulsionadas pelos mercados português e espanhol, ambos liderados por dois portugueses, Pedro Cid e Américo Ribeiro, respetivamente. Em França, as vendas cresceram 0,8%, enquanto na Ásia evoluíram 2,3%. Em contrapartida, na Europa Central e de Leste, o negócio caiu 3,9%, penalizado pelas restrições na Rússia. “O primeiro semestre confirma a mudança de rumo na Auchan Retail”, comenta Edgar Bonte que destaca que, apesar da crise sanitária, a rentabilidade cresceu em linha com os compromissos. “Esta primeira etapa foi muito grata, em parte devido ao lançamento perfeito da nossa iniciativa Renaissance, concebida para fortalecer a excelência operacional. Ao mesmo tempo, a crise sanitária confirmou que a abordagem do nosso plano de negócios Auchan 2022é a correta, permitindo-nos acelerar a sua implementação em todos os países onde operamos”.

 

Pandemia interrompe uma década de crescimento na Ceetrus

No caso da Ceetrus, após mais de uma década de crescimento ininterrupto, a crise sanitária teve um impacto significativo nos resultados semestrais. As receitas totalizaram 204,7 milhões de euros, menos 31% que no mesmo período do ano passado.

Esta diminuição deve-se à quebra nas receitas de aluguer (-39,6%) vinculada ao encerramento forçado da maioria dos pontos de venda na Europa, com exceção dos que cobriam necessidades essenciais, durante um a dois meses e meio, consoante os mercados.

Pese embora a quantidade significativa de encerramentos forçados, mais de 90% do espaço alugado, a Ceetrus manteve todos os seus centros comerciais abertos, para permitir o acesso às lojas essenciais, reduzindo, assim, a possibilidade de converter custos fixos em variáveis. Neste contexto, o EBITDA caiu 42,6%, para os 115,5 milhões de euros.

Entretanto, a afluência aos centros comerciais está a recuperar gradualmente, com uma taxa em torno dos 85% em julho.

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