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Polónia exposta ao impacto negativo do Brexit

A economia da Polónia apresenta uma elevada vulnerabilidade às consequências financeiras e económicas do Brexit. O mais recente relatório da Crédito y Caución recorda que as remessas anuais dos polacos que vivem no estrangeiro ascendem a quatro mil milhões de euros, grande parte das quais provenientes do Reino Unido. “A longo prazo, a saída do Reino Unido da União Europeia poderá afetar os fundos estruturais, que desempenham um papel importante no progresso económico da Polónia. O Reino Unido é também o seu segundo destino de exportação a seguir à Alemanha”, salienta a seguradora de crédito.

Apesar desta exposição ao Brexit, a Crédito y Caución espera que o forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) polaco se mantenha em 2019, impulsionado pelo consumo e pelo investimento. “Em 2020, prevemos que a expansão económica abrande, mas que continue sólida, em torno dos 3%. Embora se possa esperar uma diminuição do crescimento do investimento e das exportações, a evolução do consumo privado deverá manter-se sólida, sustentada pelo aumento do emprego e pelo crescimento dos salários e dos apoios sociais”, refere o relatório.

Devido à rigidez do mercado laboral, a escassez de mão de obra qualificada está a transformar-se num dos principais problemas da economia polaca, em especial no sector manufatureiro, um facto que poderia afetar o crescimento económico potencial do país, num contexto de reforma antecipada de uma parte importante da população ativa, devido à diminuição da idade de reforma.

Após a deflação de 2015 e 2016, os preços ao consumidor começaram a subir em 2017, impulsionados pelos aumentos salariais. Prevê-se que a inflação na Polónia cresça acima de 2%, em 2019 e 2020. Por enquanto, a política monetária tem sido flexível e o banco central manteve a taxa de juro de referência num nível histórico inferior a 1,5%, desde o segundo semestre de 2015. A dívida pública apenas representa 50% do PIB e o défice público diminuiu, desde 2017, devido ao aumento das receitas fiscais. No entanto, os gastos públicos voltaram a aumentar devido à redução da idade de reforma, aos apoios sociais e ao investimento público prévio às eleições parlamentares a decorrer no próximo domingo.

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