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Páscoa não puxa pelo consumo

Os dados apurados pela SIBS, alusivos ao consumo realizado na semana de 6 a 12 de abril, demonstram uma manutenção das tendências recentes de consumo dos portugueses, destacando-se, neste período de Páscoa, uma estabilidade sobretudo nas compras físicas, num contexto de restrição de deslocações em território nacional.

Estabilidade no consumo numa época que seria, em condições normais, de pico de vendas, com os dados alusivos à semana de 6 a 12 de abril a evidenciar o reforço nas transações em Portugal dos sectores de super e hipermercados, pequena distribuição alimentar, bebidas e tabaco, farmácias e parafarmácias, que representam agora 70% do total das compras realizadas pelos portugueses em lojas físicas. “De forma resumida, a continuação do isolamento social decretado pelo Governo não originou significativas alterações nos padrões de consumo dos portugueses, sendo que a maioria dos indicadores apresentados manteve-se constante na semana de 6 a 12 de abril face à semana anterior: registou-se um ligeiro decréscimo nas compras online e nas compras físicas, ou seja, menos três pontos e menos um ponto, respetivamente. Esta diminuição das transações foi acompanhada por uma pequena descida também do valor médio por compra tanto no e-commerce como em loja: –3,2% e -2,4%, respetivamente“, comenta a SIBS.

 

Transações no e-commerce

Verifica-se, portanto, que as transações no e-commerce continuam a registar um maior peso no panorama geral das compras em Portugal, estando agora 16 pontos abaixo da média registada antes da pandemia, e as compras presenciais em loja a registar menos 51 pontos no número de compras totais em comparação com o registo médio anterior à confirmação do primeiro caso de Covid-19.

Analisando por sectores no online, mantém-se o destaque para o do entretenimento, cultura e subscrições, com um aumento de 60% face à semana antes da pandemia, também do comércio alimentar e retalho, com um acréscimo de 41%, e da restauração, food delivery e take away com um aumento de 40%, entre outros, como farmácias e parafarmácias, perfumaria e cosmética, jogos e brinquedos e decoração e artigos para o lar.

A quebra de consumo de portugueses no estrangeiro e de estrangeiros em Portugal manteve-se praticamente inalterada versus a semana anterior, em níveis de -68% e -85% respetivamente face à média semanal antes do início da crise da Covid-19.

 

Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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