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O papel do ecossistema online no combate à Covid-19 na China

Foto Shutterstock

O acelerado crescimento do comércio eletrónico na China demonstrou a capacidade dos ecossistemas digitais para transformar a economia. Com a irrupção da pandemia de Covid-19, confirmou-se, ainda, a sua capacidade para responder com rapidez e criatividade.

Os governos, as autoridades sanitárias e as empresas de tecnologia de todo o mundo têm estado a colaborar para conter a pandemia de Covid-19 e apressaram-se a abordar as enormes necessidades das suas sociedades e economias, mas a velocidade, escala e alcance da resposta dos ecossistemas digitais da China foram incomparáveis”, assinala o Boston Consulting Group (BCG).

A resposta rápida dos ecossistemas digitais chineses foi possível graças aos modelos operacionais que aceleram a inovação através de uma ampla rede de parceiros privados e públicos. Como resultado, as principais empresas chinesas puderam lançar ofertas personalizadas em tempo recorde, abriram os seus ecossistemas a novos parceiros e integraram-nos rapidamente.

 

Criatividade na adaptação

O modelo de ecossistema ágil do Alibaba, por exemplo, permitiu à sua cadeia de supermercados Hema, que opera mais de 200 lojas no país, contratar temporariamente colaboradores cedidos por empresas afetadas pela pandemia, como cinemas, grandes armazéns e estabelecimentos de restauração.

De igual modo, as plataformas de serviços do Alibaba – Ele.me e Koubei – deram aos colaboradores dos restaurantes a oportunidade de trabalhar como estafetas ou nas lojas de conveniência.

A plataforma de entrega de alimentos Meituan-Dianping, com cerca de 450 milhões de transações anuais, também encontrou uma forma criativa de se adaptar à nova realidade, ampliando o seu ecossistema. Inicialmente, os pedidos diminuíram cerca de um terço no começo do surto, em parte porque os clientes mostraram-se receosos a interagir com os estafetas.

Para responder, a empresa recorreu a frotas de veículos autónomos e a um sistema que permitia aos clientes recolher a sua encomenda. Em fevereiro, 80% das entregas foram feitas segundo este modelo. A Meituan-Dianping diversificou, ainda, o seu negócio para entregar outros bens, como a eletrónica de consumo.

 

Transição para a omnicanalidade

Os ecossistemas digitais chineses também ajudaram a mitigar o dano económico, facilitando as empresas brick and mortar a fazer a sua transição para o online. Por exemplo, a cadeia especializada Forest Cabin Cosmetics converteu os assessores de beleza das suas lojas em “influencers”, graças às redes sociais DingTalk e WeChat.

Além disso, retransmitiu eventos de vendas na plataforma Taobao do Alibaba, um dos quais visto por 60 mil clientes. Estas estratégias resultaram num aumento de 120% nas receitas de março, comparativamente com o mesmo período do ano passado.

De igual modo, em março, para ajudar os fabricantes que careciam de uma ligação forte aos consumidores, o Alibaba introduziu uma aplicação chamada Taobao Deals, que oferece aos compradores produtos diretos da fábrica a preços baixos.

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