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Carla Esteves
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“O mundo mudou, mas o Aqui é Fresco acompanhou”

A pandemia assim o obriga pelo que, este ano, a Convenção Aqui é Fresco torna-se digital. Centrada no tema da fidelização como elemento chave para o sucesso dos negócios, a X Convenção Aqui é Fresco vai procurar replicar o modelo tradicional na esfera digital, contando, para isso, com a presença de 72 fornecedores, distribuídos por stands virtuais, numa dinâmica que envolverá cerca de duas mil pessoas. Desta feita, os 750 comerciantes da rede poderão visitar todos os stands e usufruir de condições de compra especiais e exclusivas, assim como assistir ao lançamento de várias novidades. Carla Esteves, diretora executiva da Sociedade Aqui é Fresco, aborda os desafios enfrentados para levar para a esfera digital um evento desta natureza, caracterizado pelo dinamismo e proximidade de todos os intervenientes, e as expectativas em torno desta iniciativa magna da rede, que consolida, cada vez mais, a sua posição de referência no comércio de proximidade.

Grande Consumo – Este ano, a X Convenção Aqui é Fresco não poderá ser presencial. Como é que um evento desta natureza se torna digital?

Carla Esteves – Fruto do atual contexto, a X Convenção Aqui é Fresco abraça as novas tecnologias para levar até aos associados grossistas, aderentes da rede e fornecedores parceiros uma reprodução fiel do que, habitualmente, são as nossas convenções presenciais. Este foi o modelo encontrado para continuar próximo de todos aqueles que tornam este negócio possível.

 

GC – Quais os principais desafios que tiveram de ser ultrapassados para o trazer para a esfera digital todo o dinamismo desta iniciativa?

CE – Pelo facto de se tratar da primeira convenção digital da rede Aqui é Fresco e no retalho alimentar, deparámo-nos com algumas questões desafiantes. Conseguir converter o presencial para digital, de uma forma fiel, foi o nosso grande objetivo.

Pensámos sempre na manutenção dos muitos e bons negócios, na interação entre os vários intervenientes/participantes, nas reuniões de trabalho que podem ser feitas “one to one” ou em grupo, no convívio e nos momentos musicais, este ano com a presença do Toy.

A faixa etária alguns dos nossos aderentes e a pouca familiaridade com as plataformas digitais poderia ter sido uma dificuldade. No entanto, com o empenho e dedicação da equipa do Aqui é Fresco e dos nossos associados grossistas, estamos certos que todas as dificuldades irão ser ultrapassadas na íntegra.

 

GC – Que expectativa têm ao nível quantitativo e qualitativo?

CE – As nossas expectativas, tanto a nível quantitativo, como qualitativo, são as melhores e devidamente consolidadas. A X Convenção Aqui é Fresco apresenta-se como uma experiência única, num evento online que envolve cerca de duas mil pessoas já confirmadas.

À imagem das convenções físicas, conseguimos trazer para esfera digital todo o dinamismo que caracteriza esta iniciativa de cariz anual, que envolve a maior rede de comércio proximidade de Portugal.  Estamos certos que a visibilidade de cada marca, no total de 72, devidamente personalizada, aliada a um ágil sistema de encomendas irá contribuir para uma experiência única, onde os participantes se irão sentir motivados e inspirados a interagir, sendo parte integrante do evento.

 

GC – Este modelo poderá vir a ser replicado, futuramente, mesmo quando tudo voltar à normalidade?

CE – Não iremos nunca abdicar das nossas convenções presenciais. O convívio, os afetos e a socialização fazem parte do nosso ADN. Sabemos, no entanto, que o digital, é o futuro, queremos não só acompanhar, como estar na linha da frente.

Podemos, pois, afirmar que, futuramente, mesmo quando tudo voltar a ser como antes, iremos manter este formato. Até porque, seguramente que as próximas, está é só a primeira de muitas, fluirão de outra forma, fruto da experiência entretanto adquirida.

 

GC – O tema deste ano é a fidelização como chave do sucesso. Este é um aspeto que está a ganhar relevância face à situação atual e a todas as mudanças ao nível do consumo trazidas pela pandemia?

CE – Também. Não podemos esquecer que o comércio de proximidade, aquando do confinamento, esteve sempre na linha da frente. Muitos deles, adaptaram o seu negócio para fazer face às dificuldades de tantas famílias que, por razões de saúde, tiveram de se proteger.

Com grande sobrecarga interna, foram criadas equipas e alargados horários que permitiram a muitos clientes receberem comodamente e, acima de tudo, em segurança as suas compras em casa. O nível de entregas ao domicílio exponenciou.

Acreditamos que os portugueses não têm memória curta e irão continuar a ajudar o pequeno comércio, que, na pior altura, tanto os ajudou.

 

GC – Como é que os aderentes à rede têm navegado toda a disrupção trazida pela Covid-19? O papel do retalho de proximidade sai reforçado?

CE – A maioria dos nossos aderentes são pessoas lutadoras, algumas delas já passaram grandes dificuldades, sem nunca baixarem os braços.

Esta alteração de rumo na vida de todos nós trouxe seguramente alguns medos, insegurança e, acima de tudo, alteração nos seus hábitos.

Ao dia de hoje, acreditamos que já se adaptaram a esta nova realidade. O papel do retalho de proximidade sai, claramente, reforçado. Quanto a nós, trata-se da área de negócio que, no meio desta pandemia, conseguiu sair revigorada.

 

GC – Como é que o Aqui e Fresco está a adaptar a sua forma de trabalhar aos novos tempos, com a inclusão das ferramentas digitais?

CE – A adaptação do Aqui é Fresco não podia ser melhor. A X Convenção e a primeira na área de retalho é a prova provada que estamos na linha da frente.

A par disso, anunciámos também um novo site, que dá a conhecer, de forma mais simples e imediata, um conjunto alargado de informações sobre a atividade da rede, folhetos promocionais, receitas, condições de adesão, entre outras vantagens.

Temos consciência que temos de acompanhar a evolução e utilizar cada vez mais estas ferramentas. É a forma mais célere de chegar a todos e de imediato.

Como costumamos dizer, “o que a Covid-19 afastou a tecnologia aproximou, com o Aqui é Fresco a abraçar as novas tecnologias”.

 

GC – Vão ser apresentados novos projetos na convenção?

CE – Estamos empenhamos em consolidar o trabalho iniciado em 2019, nomeadamente, continuar a apostar na ligação online entre retalhistas e grossistas, de modo a agilizar o processo de decisão e encomenda e a torná-lo mais rápido e eficiente, através da criação de uma plataforma de comunicação.

Iremos também arrancar com um cartão de fidelização, que irá trazer diversas mais-valias ao negócio.

Continuamos também empenhados na consolidação da marca e em fazer crescer a mancha de lojas com imagem Aqui é Fresco, a nível nacional

 

GC – Por onde poderá passar mais a competitividade do comércio de proximidade?

CE – Atualmente, existe uma grande oportunidade para o comércio de proximidade. Cada vez mais, os jovens investem neste canal. Está na moda. Mercearias de bairro, algumas delas bastante típicas e apelativas, que oferecem o essencial e a preços igualmente competitivos. Cada vez mais, o consumidor quer investir pouco tempo na aquisição deste tipo de bens.

O desafio passa por aproveitar esta oportunidade e oferecer ao consumidor, cada vez mais exigente, soluções adaptadas ao seu estilo de vida, cada vez mais acelerado, comida pré-preparada, take away, refeições prontas, etc. São soluções que permitem fidelizar o consumidor. O desafio está em ter um sortido adaptado ao cliente local e responder às suas principais necessidades.

Não podemos também esquecer um fator importante, que é o de fortalecer a cooperação entre todos para sermos, ainda, mais competitivos.

 

GC – O que seria um bom ano de 2020 para o Aqui é Fresco, tendo em conta a situação excecional vivida?

CE – O ano de 2020 está a ser um bom ano para o Aqui é Fresco, mesmo tendo em conta o período atípico vivido. O mundo mudou, mas o Aqui é Fresco acompanhou.

A nossa X Convenção é demonstrativa. De uma forma ininterrupta, continuámos a promover o nosso maior encontro, promovendo grandes negócios, sem esquecer o convívio e momento musical que tanto os nossos aderentes e todos nós privilegiamos.

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