O fundo norte-americano Elliott Management comprou 2,5% do capital da Pernod Ricard, numa operação com o objetivo de aumentar as suas margens de lucro e aumentar o retorno para os acionistas.
O fundo sediado em Nova Iorque não tardou em colocar em questão alguns âmbitos de gestão da empresa francesa de bebidas espirituosas, ao considerar que a estratégia da Pernod Ricard deveria contemplar a possibilidade de fundir-se com outras empresas do sector, para reduzir os custos, e estudar mudanças na composição da direção. A Elliott Management defende que a empresa tem um governo corporativo “inadequado” e “falta de perspetivas externas”.
O fundo menciona ainda a “dececionante” aquisição da Absolut e as margens operacionais mais baixas que a da sua concorrente Diageo. A entidade controlada pelo multimilionário Paul Singer pretende pressionar a Pernod Ricard a nomear um conselho de administração mais diverso e internacional, indica a Bloomberg. Atualmente, a família Ricard é o maior acionista da empresa de bebidas espirituosas, com 16% do capital e 22% dos direitos de voto.
Face à posição manifestada pela Elliott Management, tanto a empresa como o Governo francês viram-se na obrigação de responder. Em comunicado, a Pernod Ricard assegura que “o conselho de administração e a equipa de direção estão comprometidos em atuar a favor dos melhores interesses da companhia e dos seus acionistas” e que, como segunda maior empresa de bebidas espirituosas do mundo, “está bem posicionada para executar a sua estratégia e cumprir com as aspirações dos consumidores“.