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Minipreço dá outra vida aos estendais de Alfama

No âmbito das comemorações dos seus 40 anos de atividade em Portugal, o Minipreço criou um projeto inovador e solidário para colmatar a subida de rendas na cidade de Lisboa. Numa altura em que a descaraterização e envelhecimento progressivo da população dos bairros típicos de Lisboa é uma realidade cada vez mais preocupante, o Minipreço, em conjunto com a APPA (Associação do Património e População de Alfama), cria o “Estende a Renda”, um projeto inovador e de solidariedade social, que visa ajudar os moradores dos bairros históricos a lutar contra a subida das rendas. O objetivo desta ativação de marca é usar estendais, de moradores desses bairros, como espaços de comunicação e doar as receitas aos residentes.

A campanha, que arranca hoje e tem uma duração prevista de semana e meia, começa com um preço de 42 cêntimos no leite de marca própria Minipreço que será veiculado nos estendais dos moradores de Alfama em lençóis, fronhas, t-shirts, entre outras peças têxteis, com todas as receitas a serem convertidas em vales de compra Minipreço para os moradores aderentes. “Esta iniciativa encaixa que nem uma luva no Minipreço. Fazemos 40 anos e há quatro décadas que somos o supermercado vizinho dos bairros portugueses, somos o supermercado de proximidade por excelência. Quando existe um problema de descaracterização das nossas cidades, sentimos a obrigação de fazer algo para tentar inverter esta situação. Este não é um projeto Minipreço, mas ao qual nos associamos desde o início para lhe dar voz. E esperamos que, no futuro, viva pelas associações e que mais marcas e mais pessoas se juntem ao mesmo. Como supermercado que é vizinho dos portugueses há 40 anos, não podemos deixar que os vizinhos comecem a sair dos bairros”, explica Ricardo Torres Assunção, diretor de Publicidade e Comunicação da DIA Portugal.

A iniciativa é lançada no bairro de Alfama, e envolve um total de 10 famílias selecionadas pela APPA, com a comunicação do leite MDD Minipreço a 42 cêntimos. Trata-se de uma estratégia integrada segundo o porta-voz da insígnia “porque o leite é um bem essencial, é um produto com a nossa marca e estas famílias precisam da nossa ajuda, através de vales de compras nas nossas lojas. As marcas querem comunicar nos centros urbanos e não encontram espaços. Usar o estendal, que é algo tão característico da cultura portuguesa para o fazer, beneficiando os moradores, é ‘win-win’”.

O interesse na campanha já levou a que mais famílias quisessem associar-se a iniciativa, e que já manifestaram o seu interesse junto da APPA, com a DIA a acolher, igualmente, o interesse de outros municípios interessados em replicar esta iniciativa que arranca hoje na cidade de Lisboa. “Não estamos na proximidade e nos bairros por uma questão de moda. É a nossa maneira de estar e o nosso posicionamento há 40 anos. A promoção do leite vai estar no ar uma semana e meia. Numa segunda fase, poderão vir mais produtos. A primeira fase tem a ver com as famílias. Vamo-nos focar nas carências que existem. O facto de se ter arrancado com o leite, um produto essencial, a um preço fantástico permite fechar o ciclo. Estamos presentes no bairro com a comunicação, demos vales de compras às famílias para ajudar nas compras do mês e, ao mesmo tempo, conseguimos lançar uma comunicação com um produto que é um bem essencial, ao melhor preço do mercado, uma vez mais cumprindo a nossa assinatura ‘Ao seu lado aos preços mais baixos’. O futuro depende das famílias. Este é um projeto que vai viver e depende delas”, acrescenta Ricardo Torres Assunção.

O leite Minipreço foi o produto escolhido para arrancar com esta iniciativa

Uma ideia inovadora e disruptiva, criada pela agência NOSSA que tem trabalhado a comunicação da marca Minipreço ao longo dos últimos anos, em que os tradicionais formatos publicitários, como outdoors e mupis, são substituídos por estendais com têxteis, como lençóis e vestuário, colorindo o bairro de Alfama com as principais mensagens promocionais do Minipreço.

Após avaliados os resultados e a receptividade de outros moradores, está previsto que a campanha “Estende a Renda” seja alargada a outros bairros típicos do país cimentando, desta forma, a relação de vizinhança e proximidade do Minipreço com os moradores destes bairros. “Não é nossa pretensão que esta ideia venha resolver todos os problemas dos bairros típicos. O que fazemos em agências de publicidade é pensar em ideias e soluções para problemas de comunicação. Assistindo, diariamente, a este problema dos bairros típicos, é um exercício de cidadania pôr as nossas ideias em funcionamento em prol da população. Felizmente, temos clientes e marcas que fazem acontecer. O Minipreço, desde logo, quis avançar. A APPA viu aqui também uma oportunidade de apoiar as populações, pois quem contacta diariamente com as populações é que sabe quais são os problemas e as carências. Queremos que seja um balão de ensaio e uma experiência, que possa ser replicado e que mais marcas e associações se queiram juntar e ampliar”, reforça, por sua vez, Nuno Cardoso, partner e director criativo da NOSSA.

 

“Alfama está a perder a sua alma”

Bairro de características populares acentuadas, Alfama é, assim, palco desta iniciativa que pode contribuir para atenuar um pouco alguns problemas que as pessoas de Alfama enfrentam diariamente e que foram agravados com os recentes fenómenos da gentrificação e turistificação, que têm vindo a evidenciar-se com impacto no quotidiano dos seus tradicionais moradores. Por considerar que é urgente dar exemplos de uma maior solidariedade, mantendo o alerta feito em defesa do património e da população de Alfama.

A APPA foi contatada pela agência NOSSA para este desafio, que permite às pessoas com menos rendimentos usufruir de uma ação promocional e ter benefícios com a mesma. Tendo em conta os problemas que o bairro está a passar, decidimos aderir. Acredito que os moradores vão aderir à iniciativa. Muitos já conhecem e compram no Minipreço. Alfama tem uma população muito envelhecida e está a perder gente. Não são mais que dois mil eleitores. Mais de 60% da habitação já é dirigida ao turismo, ou está fechada à espera de melhores dias. O bairro foi reabilitado e está bonito, mas não tem pessoas. Pelo que Alfama está a perder a sua alma. Não é um problema de agora, já tem mais de 20 anos. O bairro necessitava de continuar a ser protegido, o que não acontece no momento. Não se está a proteger a história e a tradição de Alfama. Está a transformar-se num bairro temático, que os turistas visitam e vão embora. O comércio está descaracterizado, não há comércio tradicional”, conclui, por sua vez Maria de Lurdes Pinheiro, presidente da Associação do Património e População de Alfama.

Segundo a AirDNA, nos últimos três anos registou-se um aumento de 400% no número de alojamentos locais e só no bairro de Alfama já existem mais de 1.700, fazendo as rendas dispararem entre 30% a 40%, sendo em média 90% do salário médio de Portugal.

Para mais informações e para se inscreverem nesta ação, todos os interessados poderão visitar o site criado para o efeito em: https://estendearenda.pt/

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