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Mercado global de retalho cresce 4,5%

Foto Shutterstock

O mercado global de retalho deverá atingir os 25,038 biliões de dólares, cerca de 22,5 biliões de euros, em 2019, segundo um estudo da eMarketer.

Este valor representa um crescimento de 4,5% face ao ano passado, mas, simultaneamente, uma descida em relação aos cinco anos anteriores, quando as vendas cresceram entre 5,7% e 7,5% a cada ano.

Esta desaceleração nos gastos dos consumidores nos últimos dois anos reflete a crescente incerteza económica e o enfraquecimento do ambiente económico em muitas partes do mundo. A economia chinesa, que tem vindo a crescer nos últimos 10 anos, assistiu a uma estabilização considerável na evolução do Produto Interno Bruto (PIB), indicador este que, na Europa, também estagnou em vários países. Até mesmo uma economia mais dinâmica, como a norte-americana, parece ter já vivido melhores dias.

 

E-commerce cresce a dois dígitos

Perante este cenário, a eMarketer perspetiva que o comércio eletrónico cresça, a nível mundial, 20,7%, em 2018, alcançado aproximadamente 3,2 biliões de euros. Um valor que, mesmo assim, denota uma descida face aos últimos dois anos, quando o e-commerce cresceu 28% (2017) e 22,9% (2018). Em 2021, a consultora estima que o comércio eletrónico mundial alcance os 4,5 biliões de euros, embora as taxas de crescimento caiam para abaixo dos 20% a partir do próximo ano.

Apesar da desaceleração da economia chinesa, a região da Ásia-Pacífica continuará a liderar em termos de taxas de crescimento. Este ano, a região deverá evoluir 25%, para os dois biliões de euros, representando 64,3% dos gastos globais com o e-commerce.

A América Latina e a região do Médio Oriente e África experimentarão taxas de crescimento anuais semelhantes, a rondar os 21,3%, ultrapassando a média global, enquanto a América do Norte, com 14,5%, e a Europa Ocidental, com 10,2%, apresentarão ritmos inferiores.

Seis dos 10 países com o maior crescimento no e-commerce, em 2019, estão localizados na região da Ásia-Pacífico, com a Índia e as Filipinas na dianteira, com crescimentos expectáveis de mais de 30%. China, Malásia, Indonésia e Coreia do Sul também se destacam.

Mas o país com o maior crescimento este ano será o México, com 35%. Os restantes lugares do top 10 são ocupados pelo Canadá, com 21,1%, e pela Rússia, com 18,7%.

 

China como principal mercado de e-commerce

Este ano, a China será o principal mercado de comércio eletrónico, com vendas no valor de 1,7 biliões de euros, três vezes mais que os Estados Unidos, com aproximadamente 525 mil milhões de euros.

O país asiático representa 54,7% do mercado global de e-commerce, uma quota que dobra a dos cinco países seguintes combinados.

Alguns aspetos explicam a liderança destacada da China. A eMarketer aponta o mobile commerce, com 80% das receitas de e-commerce no país a serem geradas por esta via, comparativamente aos 64,4% da média global.

Outro fator catalisador são os pagamentos móveis, com os consumidores chineses a apoiarem em apps como a Alipay para pagar as suas compras, tanto online como nas lojas físicas. Cerca de 81% dos utilizadores de smartphones na China irão usar os pagamentos móveis este ano, o que compara com apenas 27% nos Estados Unidos.

Mas também o comércio transfronteiriço tem contribuído para o desenvolvimento da China. Com a melhoria das infraestruturas, cada vez mais pequenos negócios ganham acesso ao mercado global.

Já a Europa Ocidental possui três dos seus principais mercados de e-commerce, com o Reino Unido à cabeça, com 127 mil milhões de euros, seguido pela Alemanha, com 74 mil milhões de euros, e pela França, com 63 mil milhões de euros. Contudo, tal como acontece na maioria dos mercados mais maduros, as suas taxas de crescimento anual estão abaixo da média.

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